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segunda-feira, 15 de junho de 2009

" LEITE DE ROSAS - O PREPARADO QUE DÁ IT ! PORTANTO, BOM DIA BELEZA!!!

Foi no Rio de Janeiro em 1929 que um seringalista de nome Francisco Olympio, juntamente com um amigo farmacêutico, criou a fórmula do Leite de Rosas. Mal sabiam eles que esse produto iria se tornar um componente “básico” e agregado da família tradicional classe média. Qual dona de casa nunca removeu a maquiagem do rosto com ele? Quem nunca viu o pai, o avô, o tio, o primo ou o vizinho da esquina ao lado passando Leite de Rosas na cara após fazer a barba? Sem falar que era um ótimo "desinfetante" para aqueles que tinham problemas de “sovaqueira crônica” (Q foi? Sovaqueira vem de sovaco mesmo meu bem...). Eu mesmo usei - d e s e s p e r a d a m e n t e - esse produto na adolescência para acabar com a praga de espinhas que infestavam meu rosto. Sem falar que o Leite de Rosas tem o cheiro das avós de antigamente... A minha avó sempre usou produtos e cosméticos de prateleira de supermercado e ou Pharmácia... E sempre foi feliz e muuuuuito cheirosa. No máximo, usou produtos da AVON. Enfim, O Leite de Rosas já teve o seu tempo de Glamour, era “O preparado que dá IT”, assim diziam os reclames da época.


BOM DIA BELEZA !...
Hoje, Amanhã e Sempre...


"...Seja uma garota de corpo lindo, fresco e saudável. O tratamento com leite de rosas mantém por anos à fio o frescor e o aveludado da cutiz, dando ao semblante mais feminilidade na delicadeza de uma expressão sempre moça, sempre marota". (Reclame de 1956)
Imagina você acordar todos os dias "linda, maquiada e marota", e depois de um pesadelo horroroso ainda dizer: Bom dia Beleza!!! Geeeente, acho isso o máximo! É como acordar num mundo digno de uma "Tolíssima Alice" no país das maravilhas, né não? (RS!)

O Leite de Rosas foi o primeiro anunciante a mostrar moças em trajes “ditos” menores (biquínes) em suas campanhas publicitárias. E ainda na década de 30, com o slogan “O preparado que dá IT”, o produto entrou nos lares brasileiros, transformando o Leite de Rosas no produto mais almejado da época.
Anúncios da década de 40
  Anúncios da década de 40
O Leite de Rosas na década de 50 - à convite do poderoso chefão dos Diários Associados (Chatô) - patrocinou os primeiros concursos de Miss Brasil na Televisão. Isso quer dizer que: As Misses usavam os Maiôs Catalina, se pintavam com Helena Rubinstein e cheiravam a Leite de Rosas. Eu até acredito que as misses da época usaram o Leite de Rosas. O que não dá para acreditar é na Angélica usando Óleo de Amêndoas Paixão e a Xuxa se lambuzando “toda” de Hidratante Monange... Me poupem! No resto, eu acredito.
A Miss Brasil 1957, Teresinha Morango, foi uma das garotas propaganda do produto na época (ver os reclames a baixo). Sinto e acho importante salientar - principalmente para os “mais jovens” - que Teresinha Morango foi a segunda colocada no Miss Universo de 1957 e NÃO tem nada a ver com a Mulher Melancia ou a Garota Samambaia, tá gente!!!
A Miss Brasil Terezinha Morango
A Miss Brasil Terezinha Morango
Carmem Miranda
Carmem Miranda
Em 1967, o Leite de Rosas deixa definitivamente a sua famosa embalagem de vidro e passa a ser comercializado em frascos plásticos. A primeira embalagem plástica possuía a combinação das cores atuais, porém o frasco era branco e o texto rosa. Logo depois, invertendo-se o jogo de cores (o frasco passou a ser rosa e o texto, branco) cria-se então uma forte identidade da marca. Todo mundo hoje em dia é capaz de reconhecer um frasco de Leite de Rosas à quilômetros de distancia, e o cheiro? Esse nem se fala... Portanto, Caríssimas!!! Usem diariamente o Leite de Rosas e acordem belas e marotas. Boooooooooooom Dia Beleza!!!!!!!!

sábado, 6 de junho de 2009

QUEM SE LEMBRA DO BEBÊ DA JOHNSON & JOHNSON ?

Quem não se lembra desse Bebê? Ele estampou durante muitos anos páginas e páginas de revistas como sendo : “O Bebê da Johnson & Johnson”! E qual a mãe coruja que mesmo tendo “O Bebê de Rosemary” em casa, não se identificou com ele? Geeeente! Essa linda criancinha invadiu o imaginário popular de muitas mães na década de 50, 60, 70... Toda revista tinha uma propaganda com o pôster desse Bebê. E quando você abria as revistas, logo dizia: Aí que coisa mais linda esse Bebê da Johnson's !!! Era o Bebê idealizado por 09 entre 10 mães na hora de parir... Até nos consultórios pediátricos era comum encontrar um pôster desse bebezinho pendurado na parede.
O danado do Bebe era tão lindo que parecia ter sido inventado... E o bom de tudo, é que ele era de verdade sim! E era uma bebezinha. O nome dela era: Magda Solange Ferreira. Digo “era”, porque atualmente esse Bebe é uma linda senhora de 53 anos de idade. E segundo minhas pesquisas, ela ainda mora em São Paulo, cidade onde nasceu.
No início, o método “original” de escolha do Bebê Johnsons era apenas fotografar bebês nas maternidades públicas, e a seleção era feita por um júri. E foi em 1957, na Maternidade Leonor Mendes de Barros, que um dos fotógrafos contratados pela Johnson & Johnson descobriu essa linda criança, uma menina de cabelos loiros e olhos brilhantes. A foto impressionou tanto os jurados, que a menina Magda foi escolhida como o primeiro Bebê Johnson brasileiro.

Numa segunda fase e com um novo formato, a promoção Bebê Johnson’s foi relançada no Brasil. A princípio incluiu apenas o Estado de São Paulo e após um ano, participantes de todo o Brasil puderam concorrer. Os pais eram estimulados a enviar cartas com fotos dos bebês nas mais variadas poses: engatinhando, chupando o dedo do pé, sentado no troninho, fazendo caretas, deitado na grama... Enfim, fotos descoladíssimas dos filhotes lançados ao estrelato. A Johnson & Johnson recebia anualmente mais de 10.000 cartas vindas de todas as regiões do país. As inscrições podiam ser feitas durante 3 meses - de julho a setembro - e a partir daí eram selecionados 10 semi-finalistas que participavam da grande final em São Paulo. Os vencedores iam para a mídia ilustrando anúncios e protagonizando comerciais de TV. Alguns desses bebês Johnson’s conquistaram mais de 15 minutos de fama, como é o caso do ator Matheus Carrieri. A grande final do concurso era realizada durante a Semana da Criança, no Parque do Ibirapuera. O critério que determinava a escolha do “Bebê Johnson” era beleza, graça, proporção de altura e peso, saúde, simpatia e expressão. O vencedor da promoção era considerado, durante um ano, o símbolo da criança brasileira. Em apenas cinco anos de existência da promoção – entre 1965 e 1969 – o evento se tornou um dos mais importantes na história da Jonhson & Johnson. A grande vencedora do concurso no ano de 1965, foi a menina Ana Helena (foto a cima).
A geração da década de 60 se encantava com a escolha das lindas misses patrocinadas por Helena Rubinstein e pelos Maiôs Catalina. E nesse clima de culto à beleza e glamour da época empolgava-se ainda com a escolha do mais belo bebê do Brasil, que, como as misses, também era coroado. Os bebês recebiam uma coroa dourada, símbolo de “Sua Majestade”. Era um concurso voltado para a classe média, as fotos costumavam ser produzidas em estúdios profissionais. O Bebê Johnson’s da foto, o sergipano Carlos Kleber Nabuco Teixeira Junior, é hoje um senhor de 40 anos. Ele foi um dos vários bebês a receber a coroa de ouro na década de 60, enquanto os demais concorrentes recebiam diplomas e medalhas. Foi assim que o concurso Bebê Johnson’s marcou toda uma geração e constituiu-se numa das ações promocionais de maior requinte de todos os tempos. Um dia o concurso acabou, mas o estigma do Bebê Johnson’s ficou na memória de gerações e gerações que não vivenciaram a promoção. Pois todos nós já ouvimos falar alguma vez em tom de elogio, deboche, ou mesmo saudade: "E num é que ele parece um bebê da Jonhson’s!"
O Bebê Johnson foi referência de criança bem-nascida e bem cuidada. A promoção estimulava a venda de fraldas, xampus, higiapele, talco, óleo, lavanda, sabonete, cotonetes, calças impermeáveis e os alfinetes Johnson’s, aquelas presilhas (broches) que eram o terror de mães e babás que com freqüência espetavam os dedos, e por vezes, não furava o umbigo da criança.
Como ação complementar a empresa distribuía cartilhas com dicas de cuidados durante a amamentação, sugestão de papinhas, formação de enxoval, decoração do quarto, etc. O folheto continha ainda um diário a ser preenchido pelas mamães com informações como peso, altura, dia do batizado, da primeira palavra, do primeiro passeio, primeiros passos, primeiro dente, primeiro aniversário, primeira travessura...
Enfim, registrava-se tudo que o Bebê fazia ou deixava de fazer. Agora! De uma coisa fiquem certos: Pode passar o tempo que for... Mas sempre haverá uma “mamãe coruja” de plantão, disposta a “coroar” seus filhotes como “Os Bebês mais lindos do mundo”, tal qual os saudosos Bebês da Johnson & Johnson.

terça-feira, 2 de junho de 2009

E O JOÃO TEIMOSO NÃO QUER DEITAR !

Um dia eu ganhei um João Teimoso de meu pai. Ele tinha a cara do Zé Colméia e era um boneco de plástico meio duro (existiam também os insuflados, aqueles cheios de ar...). 
Todo João Bobo possuía a parte inferior arredondada e NÃO DEITAVA JAMAIS... Dava raiva!!! Não sei porque me deram um boneco bobo desses... 
Enfim, quando lhe dava uns tapas ele balançava, balançava e voltava para a posição inicial de antes. Sinceramente! Que bonequinho bobo o tal do João Teimoso. Eu como não era um garoto bobo, nunca que iria gostar de bonecos bobos e sem graça. Meus brinquedos preferidos eram aqueles de montar e desmontar, tipo: Pequeno Arquiteto, Poly (que depois passou a se chamar Lego) e todos os outros que possuíam encaixe.
 Olha o João Teimoso aí gente !!!
 Pode balançar que ele não cai e nem deita...
Mais um dia, cansado de possuir um boneco tão teimoso e tão bobo como aquele... Resolvi então fazer uma “GRANDE” cirurgia no pobre coitado. Geeente!!! Q foi?? Não me olhem assim. Juro que "na época" eu tive a melhor das intenções. Pensei comigo: É hoje que vou curar a teimosia desse danado! Santa pretenção... Logo EU? Curar a teimosia do João Teimoso... Me poupem!!! No fundo eu já sabia que a cirurgia seria irreversível. O boneco iria ficar sequelado para o resto da vida. E foi o que aconteceu. Peguei uma faca peixeira na cozinha, abri o boneco ao meio e descobri o segredo de tanta teimosia: Sua base arredondada era feita de ferro com enchimento de areia. Vê que coisa mais boba!! E ainda levei uma surra da minha tia por ter destruído o boneco. 
E quer saber a verdade? Fiquei com remorso SIM! Pois um enorme sentimento de culpa me invadiu a alma. Me senti o próprio Jack, "O estripador de João Bobos". E hoje eu já acho o João Teimoso super engraçado e nostálgico. Tenho pretenções de um dia colocar na minha sala um João Teimoso bem "grandão". Porque não?? Quem sabe algum designer cool vai desenvolver um João Teimoso com cara de Toy art ou estilo Retrô. Imaginem! Apês descoladíssimos do mundo todo se utilizando do João Teimoso... Seria o máximo!