O nosso primeiro televisor foi da marca "Televisores RQ Emersom" e durou cerca de dez anos. E eu me lembro dele como se fosse hoje... Ah! Se me lembro. Como assim... Cores? controle remoto? Tela plana? TV plasma, LED e ou LCD ??? Nem em sonho. Rs!. Era "preto e branco" e todo revestido em madeira escura (minha mãe passava óleo de peroba na TV - pode!) e outra coisa, sua tecnologia avançadíssima resumia-se a quatro botões. Um para sintonizar o canal (que ia do 2 ao 13) , um para controlar o contraste ( esse ninguém podia mexer, só meu pai ) e os outros dois eram botões do horizontal e do vertical. Aqui pra nós... Pense numa coisa "medonha" o nosso televisor preto e branco. Um inferno! De uma hora para outra (exatamente na hora do meu seriado preferido: "Viagem ao Fundo Mar") a televisão resolvia enlouquecer e um montão de listras enormes começavam a passar de um lado para o outro na tela e eu, irritadíssimo, mexia em tudo quanto era botão (menos no botão do contraste) tentando fazer a imagem parar na tela. Primeiro, girava desvairadamente o botão da horizontal e depois, mais desvairadamente ainda, o do vertical. E de repente, não me pergunte como (talvez por obra do divino), a imagem se fixava na tela.
domingo, 30 de novembro de 2008
MEU TELEVISOR PRETO E BRANCO.
QUEM JÁ LEU FOTONOVELAS ?
O interessante nas fotonovelas era que o bem sempre vencia o mal, indiscutivelmente. E ao final de cada estória não podia faltar um "lindo" pôr de sol, com um "lindo" casal ( que eram revezados e quase sempre os mesmos das outras estórias ) de mãos dadas vislumbrando o "lindo" horizonte. Enfim, tudo era perfeito demais. MIO DIO DEL CIELO !!! Penso o quanto amamos, sofremos e odiamos junto com todas as estórias dessas fotonovelas. E é verdade, pois lembro que minha irmã tinha (e ainda tem) uma grande amiga ( claro que não vou dizer o nome - RS! ) que queria porque queria um romance igual ao de Katiuscia com Franco Gasparri e digo mais, se achava uma atriz talentosíssima e de profunda capacidade dramática, inclusive para atuar "expressivamente" em todo e qualquer "foto-papel", desde que fosse ao lado do Franco Gasparri... Enfim, apesar dos pesares é muito bom constatar que amadurecemos com o tempo, que a vida não é mais uma fotonovela e que apenas as boas recordações permaneceram...
Somente no exemplar de número 22, de 03 de abril de 1950, é que foi publicada a primeira fotonovela com atores de verdade. A história possuía o título: “Invencível Amor” e era baseada no romance de W. Poliseno.
A revista "Você" foi uma publicação da Ed. Abril e fez muito sucesso nas décadas de 50 e 60. Trazia sempre 02 fotonovelas no final de cada exemplar.
"Cinderela" foi uma revista de fotonovela produzida pela Rio Gráfica Editora entre os anos 50 e 60.
Roberto Carlos atuou como protagonista nesta que foi uma das primeiras edições da Sétimo Céu. Ele havia acabado de gravar seu primeiro Long Play e, portanto, ainda não era considerado "Rei".
Roberto Carlos fazia par romântico com Mary Fontes, uma artista que dava seus primeiros passos na carreira de atriz na hoje extinta Tv Tupi de São Paulo.
E não podia faltar, como em toda boa fotonovela, um beijo no final. E com o Rei não podia ser diferente, né não? Essa mesma fotonovela foi republicada na revista Sétimo Céu número 127, de agosto de 1966.
Outros artistas da Jovem Guarda como Jerry Adriani, Wanderléa, Paulo Sérgio, Erasmo Carlos, Antonio Marcos, Vanusa, Ronnie Von, Waldirene... Eram figurinhas constantes nas fotonovelas da Sétimo Céu.
A revista "Sétimo Céu" deu um toque brasileiro sim, nas Fotonovelas. Começou a mostrar que romance também acontece sob o céu ensolarado das praias tupiniquins...
Quem lembra das revistinhas Sonho, Ternura, Carinho, Carinho Romance, Carícia, Ciúme e Love Story? Elas possuíam formato pequeno (14 x 21) e eram mais baratas que as tradicionais revistas de tamanhos 18 x 26. Em suas páginas vinham além das fotonovelas, matérias sobre beleza, sexo e comportamento, contos e afins... Uma delícia essas revistinhas.
As
fotonovelas nasceram na Itália. Mas precisamente na década de 40, após a II
Guerra Mundial. E eram chamadas de fotoromanzi. No começo as revistas de
fotonovelas eram adaptações de filmes de sucesso exibidos na época, como: O Conde
de Monte Cristo, O Morro dos Ventos Uivantes, A Dama das Camélias... Entre
tantos outros clássicos cinematográficos. A ideia de adaptação dos filmes para
as páginas de revistas foram dos italianos: Stefano Reda e Damiano Damiani, considerados
os precursores das fotonovelas em toda Itália. Com
o sucesso editorial das fotonovelas já consolidado, gradativamente, as
fotografias foram tomando o lugar dos tradicionais desenhos à bico de pena que
compunham as histórias dos romances. É quando a fotonovela torna-se
independente do cinema e passa a mostrar suas próprias peculiaridades, criando
estórias próprias e sempre recheadas de amores impossíveis, dramas e intrigas.
Segundo pesquisa feita no Blog do João Piol
(dono de um dos maiores acervos de fotonovelas no Brasil), a primeira revista
de fotonovela, foi a "fotoromanzi", datada de 08 de maio de 1947. E
na Itália com o nome fotoromanzi, associado ao de “Il mio sogno” (meu sonho),
se tornou uma febre geral entre as leitoras havidas por histórias, dramas e
romances. E muitos ídolos do cinema italiano já foram atores de fotonovelas, entre
eles Vittorio Gassman, Sofia Loren, Laura Antonelli, Gina Lolobrigida, Silvana
Mangano, Ornella Muti (Francesca Rivelli) Terence Hill (Mario Girotti), Giuliano
Gemma, Klaus Kinsky, Claudia Cardinale, Virna Lisi, entre tantos outros atores de
renome internacional.,
Revista Encanto nº1 - Ano:1949.
A
primeira revista de fotonovela publicada aqui no Brasil foi "Encanto - A romântica revista do amor". Uma publicação da Coluna Sociedade Editora Ltda. No
começo foi chamada apenas de “foto-desenho”. A revista número 01 data de 04 de
novembro de 1949 e apresentava em capítulos, as estórias "Almas
Torturadas", do romance de Albert Morris, e "Os Dois Amores de
Ana", do romance de Ana Luce. As histórias eram importadas da Itália em sua maioria e depois eram traduzidas para o português.Somente no exemplar de número 22, de 03 de abril de 1950, é que foi publicada a primeira fotonovela com atores de verdade. A história possuía o título: “Invencível Amor” e era baseada no romance de W. Poliseno.
Eis alguns exemplares da revista "Encanto" ao longo dos anos... Na verdade eu encontrei diversos exemplares dessa revista com numerações, anos e editoras totalmente diferentes... Eu não sei se existia mais de uma publicação com o mesmo nome: Encanto. Quem souber?
As revistas "Confissões de Amor" eram publicadas pela Ed. Edibrás. Circulou na década de 50 até o inicio da década de 70.A revista "Você" foi uma publicação da Ed. Abril e fez muito sucesso nas décadas de 50 e 60. Trazia sempre 02 fotonovelas no final de cada exemplar.
"Cinderela" foi uma revista de fotonovela produzida pela Rio Gráfica Editora entre os anos 50 e 60.
As revistas de fotonovelas que enfatizavam as mais variadas produções cinematográficas tiveram seu lugar cativo nas décadas de 40,50 e 60. Somente depois é que se começou a produzir fotonovelas com clássicos da literatura, só que desta vez com atores reconhecidamente oriundos das fotonovelas.
A revista “O Idílio” em
seus primeiros números definia-se como uma revista em quadrinhos. Trazia histórias de amor quadrinizadas e sua intenção era ter jovens de ambos os sexos como
público-alvo. Foi uma revista inspirada no modelo sentimental que já fazia
tanto sucesso aqui e na Europa. Além das 03 ou mais historietas românticas, a
revista apresentava, também, outras seções como cartas ao leitor, conselhos, orientações
e mensagens de otimismo.
Foi uma das primeiras publicações da empresa EBAL-Editora
Brasil-América, a grande pioneira das HQs no
país. Teve vida longa: circulou de 1948 até quase
o final dos anos 70.
A partir dos anos 50 começou a publicar capas com artistas
do cinema americano. "O Idílio" foi mais uma daquelas revistinhas de
papel imprensa, com bastante páginas e bem baratinhas.
Grande Hotel nº1 de 1947.
A revista “Sétimo Céu” surgiu no
final da década de 50 e permaneceu em circulação até o início dos anos 90. Foi mais
uma publicação da Ed. Bloch e chegou para surpreender o mercado das Fotonovelas
no Brasil. Com uma proposta inovadora, frente as demais revistas do gênero, ela resolve
produzir aqui mesmo no Brasil suas fotonovelas ao invés de importar as produções italianas. No
começo os atores eram desconhecidos, somente depois é que os cantores da Jovem
Guarda e os artistas da Tv, passaram a protagonizar as histórias e melodramas românticos.
"Assim quis o Destino". Fotonovela protagonizada por Roberto Carlos na revista "Sétimo
Céu" em outubro de 1959, quando ele tinha apenas 18 anos de idade.
Roberto Carlos atuou como protagonista nesta que foi uma das primeiras edições da Sétimo Céu. Ele havia acabado de gravar seu primeiro Long Play e, portanto, ainda não era considerado "Rei".
Roberto Carlos fazia par romântico com Mary Fontes, uma artista que dava seus primeiros passos na carreira de atriz na hoje extinta Tv Tupi de São Paulo.
E não podia faltar, como em toda boa fotonovela, um beijo no final. E com o Rei não podia ser diferente, né não? Essa mesma fotonovela foi republicada na revista Sétimo Céu número 127, de agosto de 1966.
A revista "Sétimo Céu" deu um toque brasileiro sim, nas Fotonovelas. Começou a mostrar que romance também acontece sob o céu ensolarado das praias tupiniquins...
A revista "Sedução" era uma publicação da Ed. Ersol Ltda.
A revista "Noturno" foi uma publicação da Ed. Abril e circulou no mercado das fotonovelas entre as décadas de 50 e 70.
Fotonovela na revista "Noturno".
As fotonovelas
da revista “Cartaz” eram
divididas em capítulos. E normalmente apresentavam
histórias com possibilidades mil... Cheias de desfechos recheados de suspense e ação. O que deixava a leitora super
curiosa levando-a a comprar a continuação.
Quem lembra das revistinhas Sonho, Ternura, Carinho, Carinho Romance, Carícia, Ciúme e Love Story? Elas possuíam formato pequeno (14 x 21) e eram mais baratas que as tradicionais revistas de tamanhos 18 x 26. Em suas páginas vinham além das fotonovelas, matérias sobre beleza, sexo e comportamento, contos e afins... Uma delícia essas revistinhas.
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