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domingo, 4 de maio de 2014

AÇÚCAR UNIÃO - O AÇÚCAR DAS GRANDES DOCEIRAS

O Açúcar União sempre esteve presente na minha infância...  Melhor dizendo, ele fez questão de marcar presença em tudo que era canto. Na hora da mesa, na TV, no rádio, em várias revistas da época e nos famosos livros de Receitas União. Minha mãe e minha avó só usavam duas marcas de açúcar para fazer doces e sobremesas finas, uma era a marca Estrela e a outra era a Marca União. Se bem que elas também compravam açúcar a granel na mercearia para os doces caseiros... Ainda lembro-me do doce de caju em calda feito por minha avó. Saudades...
A marca União foi criada em 1910 pela Companhia União dos Refinadores - Açúcar e Café, onde continuou por mais de 60 anos. Somente em 1973, a marca foi transferida para a Copersucar, quando esta adquiriu a Companhia União.
Eu acho quase impossível não associar à marca do Açúcar União as delícias que nos eram ofertadas cotidianamente na televisão e nas revistas. E para quem sempre foi um apreciador de doces feito eu, nossa... Uma visão e tanto. Ficava horas folheado as revistas e folhetos com todas aquelas guloseimas. 
A intensa divulgação da marca resultou numa boa aceitação do produto. Lembro que eu e meus irmãos no quesito açúcar não dávamos outra escolha: Ou era açúcar Estrela ou União.
As propagandas da época traziam mães sempre prendadas capazes de fazer as maiores delicias... E muitas vezes exigíamos uma torta ou um bolo– sem tirar nem por – igual  as fotos das revistas... RS!
E os livrinhos de Receitas União? Nossa! Acho que essa foi (ou melhor, eu acho que ainda é) a grande vedete do produto. Qual dona de casa não queria ter pelo menos um em casa? Tenho amigas que colecionam até hoje esses livrinhos...   
Os livrinhos eram distribuídos gratuitamente, bastava apenas preencher o cupom e enviar para o endereço contido no encarte. Depois era só esperar pelos correios... Uma beleza não!
Marca União - O açúcar das grandes doceiras... Esse era o slogan!
Propaganda da década de 60.
Capa do terceiro Caderno de Receitas União.
Um brinde da marca: Açúcar União.
Um brinde da marca: Açúcar União.
Propaganda da Década de 80. 

sexta-feira, 25 de outubro de 2013

CAMISAS "VOLTA AO MUNDO"... VOCÊ USOU?

Caríssimos e caríssimas... A Camisa "Volta ao Mundo" era tudo que havia de mais notável na época. Lá pelos idos Anos 60 e 70 era uma novidade só! Eram vendidas exclusivamente nas melhores lojas de fazenda (tecidos) e de roupas prontas (Butiques) no centro da cidade. Era tudo muito encantador e super mega prático, pois não precisava passar ferro. Era só enfiar no tanque, lavar, pendurar no varal e... Pronto! Já se podia usar.
Mas com o passar dos anos as Camisas “Volta ao Mundo” foram se popularizando e ficaram ao alcance de todas e todos. De tão populares, passaram a ser adquiridas em qualquer barraquinha do Mercado Público.
Essas  benditas camisas - hoje - se tornaram mitológicas. Mas não pelo motivo de serem impossíveis de amarrotar, e sim pela “suvaqueira” que causavam no cidadão. Isso sem falar na possibilidade de uma fagulha de fósforo e/ou um cigarro desavisado triscar na camisa e causar um incêndio daqueles...
O problema era que por ser feita de tecidos sintéticos, a camisa “Volta ao Mundo” impedia a circulação do ar e abafava a transpiração concentrando-a todinha no tecido. Na verdade as pessoas fediam dentro delas... Já se imaginaram numa procissão às três horas da tarde - calor insuportável - e a criatura suando por todos os poros?   Pois é, quando criança, passei por isso. Nem vale a pena lembrar... Então, Inesquecível a Camisa “Volta ao Mundo”.

sábado, 21 de setembro de 2013

MUKI - GOSTOSO FEITO SORVETE! - VOCÊ JÁ EXPERIMENTOU ALGUMA VEZ?

Muki era um achocolatado fabricado pela Kibon nos anos 70.  Eu confesso que fui um consumidor e tanto do Muki. Uma vez que toda tarde era a mesma coisa... Só assistiríamos TV após tomar um copo cheinho de Muki. E eu e meu irmão adorávamos esse “sacrifício”. Ainda sinto o gosto dele... Tinha nos sabores de Chocolate e de Morango. Saudades do Muki daquela época!
O Muki sempre vinha acompanhado de um brinde. Eu lembro que ao juntarmos duas tampinhas de Muki fazíamos ioiô! Na última capa dos gibis sempre tinha uma propaganda do Muki. Eu adorava!
O grande segredo do sucesso do Muki estava nas propagandas que vinham estampadas na ultima capa dos gibis.  Quem naquela época não se deixou seduzir pelas propagandas de Gibi.
Essa foi mais uma das promoções que o Muki estampou na contra capa dos gibis da Ed. Abril e Rio Gráfica... Eu particularmente adorava essas propagandas. E como sempre comprava Gibis para minha coleção, ia me deixando seduzir por elas. E numa dessas, eu me lembro bem...O Muki dizia dar brindes de decalques coloridos. "Muki Toons"
O achocolatado Muki esta no mercado até os dias de hoje, mas não tem mais vínculo com a marca Kibon. Acredito que outra empresa assumiu a marca... Eu tenho saudades daquele Muki dos anos 70. 

BONECAS DE PAPEL PARA VESTIR - PAPER DOLLS - QUEM JÁ BRINCOU COM ELAS?

Quem brincou com bonecas de papel em sua infância certamente nunca se esqueceu! As bonequinhas eram todas desenhadas, vestindo apenas roupa básica. As roupas e acessórios vinham em separado, com abas sobre os ombros e outros pontos do corpo para serem dobradas sobre o corpo da boneca, como forma de sustentação. As bonecas traziam (e certamente ainda trazem!) em geral um conjunto de roupas, podendo ser trocadas e alternadas, entre saias, calças, blusas, sapatos, chapéus, bolsas, vestidos de baile, época... Enfim! Um exagero rumo à imaginação daqueles/as que amam as Bonecas de Papel.
As bonequinhas de papel com suas roupinhas - recortáveis e montáveis - como hoje as conhecemos, começaram a ser difundidas na Europa há muito tempo atrás. Lá pelo final dos idos de 1700, onde as primeiras bonecas de papel - verdadeiras - foram confeccionadas nos grandes centros urbanos de Viena, Berlim, Londres e Paris. Eram figuras pintadas a mão e trajes criados para o divertimento de adultos ricos. Alguns acreditam que tenham sido feitos por uma costureira para mostrar formas reais, ou podem ter sido feitos como sátiras sociopolíticas das figuras populares da época. 
No ano de 1791, uma propaganda de Londres anunciou uma nova invenção, então chamada a boneca inglesa. Era uma figura de uma jovem, com oito polegadas de altura, com um guarda-roupa completo de roupa íntima, acessórios para cabelos e seis conjuntos de roupa completos. Bonecas semelhantes a esta foram vendidas também na Alemanha. As bonecas de papel só passaram a ser produzas em larga escala e para as camadas mais populares no início do século XX.
Nos anos 1900 houve uma febre das bonecas de papel nos muitos setores voltados para a mulher e a criança, como revistas femininas e infantis. Elas passaram a aparecer também nos cadernos femininos e infantis de diversos jornais e outras publicações. Muitos artistas dedicaram-se anos a fio à criação e publicação das bonecas. 
A era de ouro das bonecas de papel ocorreu entre as décadas 1930 e 1950, quando sua popularidade atingiu índices nunca superados. Mesmo durante a Segunda Guerra Mundial elas continuaram sendo fabricadas, apesar da escassez de papel.
A primeira boneca comercial foi fabricada em Londres (1810) por S&J Fuller, e chamava-se Little Fanny. E a primeira boneca de papel produzida na América foi na cidade de Boston (1812) por J. Belcher. Nos anos 1820, conjuntos de bonecas eram produzidos na Europa e exportados para crianças de famílias abastadas em outras partes do mundo. A primeira boneca de papel retratando uma pessoa famosa foi da bailarina Marie Taglioni, nos anos 1830 e nos anos 1840 foi publicada outro conjunto retratando desta vez a bailarina Fanny Elssler. E nesta mesma década foi publicada a boneca da Rainha Vitória. Atualmente estas bonecas são consideradas valiosas raridades.
Não sabemos ao certo quando as bonecas de papel aportaram aqui no Brasil. Acredita-se que na década de 30 elas vinham de Paris e eram vendidas em lojas de brinquedos.
Anos 40.
Anos 40.
Anos 50.
Numa época onde as Barbies eram um luxo ao alcance de quase ninguém, poucas coisas deviam ser mais divertidas para as meninas, moças ou donas de casa quanto vestirem suas bonecas de papel. 
Alguns estudiosos da história das bonecas de papel atribuem ao surgimento da Barbie como causa do declínio na popularidade das bonecas de papel na década de 1960. Será?  Contudo na década de 1990, a Barbie foi uma das bonecas de papel mais populares entre crianças e colecionadores. Sem falar que as versões da Barbie em papel e de sua irmã, Skipper, foram amplamente comercializadas nos anos 1970 para suplementar suas parceiras tridimensionais. O namorado Ken também foi vendido no formato de papel. Não vamos culpar a coitadinha da Barbie, tem espaço para todo tipo de boneca, né mesmo?
Anos 60.
Anos 60.
Anos 60/70.
Anos 60/70.
Anos 60.
Anos 60.
Anos 60.
Até no Japão elas fizeram sucesso com as bonequinhas vestidas de gueixas.  
O que eu acho bom nesse universo das bonecas de papel é que elas são um estímulo à imaginação da criança, tal quais as ilustrações dos livros, estimulando-a sem dar todas as respostas, cabendo à criança completar a criação com seu imaginário próprio.
Estas bonequinhas de papel (conhecidas como cabeçudas) eram comuns na década de 70.
Bonequinhas de papel da Sarah Kay... Outra febre nas décadas de 70/80.
As celebridades e as estrelas de cinema eram muito populares e retratá-las era muito simples nos anos 30, 40 e 50, quando não haviam sido regularizados os direitos de reprodução. 
As estrelas de cinema e suas imagens eram geralmente propriedade dos estúdios, e elas mesmas nunca viram a renda de sua venda como bonecas de papel. Com as imagens de celebridades protegidas hoje pelas leis, um editor deve pagar horrores pelos direitos de reproduzir nossas estrelas favoritas no formato de bonecas de papel.
Imaginem poder construir todo um “star system” somente com divas de Hollywood, todas em papel Kraft. De um lado, as Divas, Marilyn Monroe, Elizabeth Taylor, Grace Kelly... Todas de roupas íntimas à moda da época e, na página ao lado, um guarda-roupa completo com pequenas abas para dobrar e prender. Um luxo, não.
Fala-se até de uma "época de ouro" das bonecas de papel. Teria começado no final dos anos 30 e se estenderia até os anos do pós-Segunda Guerra; eram muitíssimo populares porque o papel tornara-se um produto acessível, bem mais barato que nos anos anteriores e o estrondoso sucesso em todas as casas, como já foi dito a cima, eram as bonecas de celebridades, principalmente das estrelas do cinema. Como essa abaixo: Nossa querida Audrey Hepburn.
Audrey Hepburn
Elvis Presley
Marilyn Monroe
Lauren Bacall
As roupas da Lauren.
Grace Kelly
Grace Kelly
Barbie e o Ken
Vestir o Presidente dos EUA e a Primeira Dama é coisa para poucos. Só mesmo em Paper Dolls... RS!
Jackie e John Kennedy
Gwyneth Paltrow
Nicolle Kidman
Atualmente, o formato das bonecas de papel é usado em diversas formas de arte e diversão. As bonecas e bonecos de papel vêm ganhando espaço entre as crianças, nos dias atuais, na forma de personagens já conhecidos e de pessoas famosas. Elas também já encontraram seu espaço na Internet e no formato digital.
Imaginem você continuar vestindo a realeza britânica, primeiro foi a Rainha Victória e agora William e Kate. E o bom de hoje em dia, com os recursos da internet, a brincadeira ficou melhor ainda, pois podemos imprimir, cortar e brincar à vontade. E se rasgar, é só imprimir de novo. Simples assim... kkkkk!