Não me olhem assim... Por favor! Juro que não estou “grávido”.
Este post é apenas, e tão somente: “Pura Nostalgia...” Definitivamente! Não me
imagino mais sendo pai, pelo menos não daqui a uns 50 anos. Acho que não nasci para
cuidar de ninguém. Pois sou do tipo do cara que se você me der três
tartaruguinhas para cuidar, uma foge, a outra engravida e a terceira faz
cirurgia de mudança de sexo. Enfim, vamos ao post... Ao ver todos esses produtos infantis, tipo
fraldas, talquinhos, lavandas, sabonetes e todo o resto, me veio a mente o
tempo em que minha irmã era bem pequenina. Isso tudo lá pelos idos anos 70. Eu lembro
que as marcas Johnson & Johnson, Pom Pom e York viraram uma febre naquela
época. Todo bebê possuía um kit assim... E minha irmã logo que nasceu ganhou vários “conjuntinhos”
deste tipo. Uma graça de produtos retrô, né não? Apesar de não saber cuidar “a
contento” de crianças, adoro apertar um daqueles bebes bem “xerozim”.
Minha
memória olfativa é impressionante, assim que vi esses produtos estampados numa antiga revista Pais&filhos... Nossa! Foi a mesma coisa que tirar um
belíssimo passaporte para aquela época. O cheiro dos tais produtos de tempos d’antanho
invadiu minh’alma... (poético, não?). Eu
tinha cinco anos quando minha irmã caçula nasceu. Ela - literalmente - tomou
meu lugar de “fofinho” da família... Daí eu escutava da sala os risos e todos os
comentários da minha mãe, tias, avós e visitas: “Que menina linda !”; “Uma
princesinha...”; “É a cara da mãe!”; “Uma bilu - bilu tetéia”... E ao escutar
tudo isso, já viu né? Uma avalanche de pensamentos menos nobres invadiu minha
cabecinha de cinco pra seis anos. Ficava torcendo pro meu avô (que era altíssimo)
brincar de aviãozinho com ela... Sabe por quê? Pra que ela se enroscasse no
ventilador de teto (rs!!!) Coisa de “mininum” desmiolado. Pois é, tais
pensamentos intrusos faziam de mim uma “criançinha” má. Todo dia era dia de maldade
com a minha “irmãzinha querida”. Já havia colado chiclete ping - pong no cabelo
dela, comido todo o estoque de potinhos de sopa nestlé e - principalmente - escondido
todas as chupetas e os bicos de mamadeira que ia encontrando pela frente... Mas
um dia minha mãe - “dona daquela caçulinha medonha” - resolveu dar uma
passadinha na farmácia que ficava pertinho de casa. E como eu estava sem fazer
nada, só assistindo o Globo Cor Especial, coube a mim observar o bebe por
alguns minutos... Pensei: Essa é a minha chance de acabar com o reinado dela!!!
Na hora passou mil coisas na minha cabeça... Mas bastou ela olhar nos meus
olhos, e com aquele sorrisinho banguelo, me desarmou todo. Daí eu peguei o
ursinho (talco) da Pom Pom e dei pra ela. Naquele momento nascia um grande amor...
Enfim! Apesar de minhas maldades, minha irmã sobreviveu. Hoje ela me ama e
ainda é linda, mesmo depois das cirurgias plásticas.
Estes produtos são da década de 60 e 70. Verdadeiros ícones de uma infância feliz e cheirosa! Hoje pediatras não mais aconselha o uso de talco em crianças muito pequenas. Uma vez que pode causar complicações respiratórias... Uma pena! Pois o cheiro do talco Pom Pom é uma lembrança viva em mim.
Essa era a linha completa dos produtos Pom Pom. Faz um bem danado rever tudo isso.
Quem nasceu e viveu nos anos 60 e 70 há de se lembrar desses kits dos produtos Pom Pom.
Eis o tal Ursinho (talco) da Pom Pom que falei logo à cima.
A Nova Linha Infantil Johnson - Anos 60 -
Nossa! Nem sei se esses produtos ainda existem... Igiapel? Cremóleo?
E as fraldas de pano? Meu Deus! E o conjuntinho de broches para prender as fraldas.Um perigo! Capaz de furar o umbigo da criança. Usaram tanto esses prendedores em mim e em meus irmãos, mas ninguém nunca furou nossos umbigos. Mães e tias cuidadosas...
É! Saudades dos meus tempos d'antanho... Dedico este post a minha amada irmã Betânia (a caçulinha) e a Ana Maria Caldatto, cuja sensibilidade para garimpar desejos, sonhos e objetos de outrora ultapassa limites.