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domingo, 13 de junho de 2010

O DIA DOS NAMORADOS E A "INESQUECÍVEL" PROVA DE AMOR...

Seria o nosso primeiro Dia dos Namorados... Estávamos tão apaixonados um pelo outro que mais parecia um namoro de - no mínimo - três reencarnações passadas. Almas Gêmeas! Sabe aquela paixão roxa de dar agonia e enjôo? Era a nossa! O Primeiro Amor - ETERNO - de Ambos. Um exagero adolescente! Apenas quatro meses de namoro e já tínhamos em mente o nome e sobrenome dos três filhos que teríamos depois de casados. Pode??? Ahhhh! O Primeiro Amor Eterno é sempre assim... (rs!). Exatamente no dia 12 de junho de 1981 faríamos quatro meses de namoro. Decretamos: ESSE DIA É TODO NOSSO! Nada de aula, nem de ninguém... Só Love! Combinamos ir ao Cine Veneza assistir “A Lagoa Azul” (o cúmulo da imoralidade para as mães na época...). Censura reduzida de 16 para 14 anos. Agora, podíamos assistir. Mas pra efeito de pai e mãe, o filme “Os Três Mosqueteiros Trapalhões” era a pedida para o dia... Creia! Mas antes de irmos ao cinema, demos uma passadinha nas Lojas Americanas - o nosso shopping na época - com direito a beijo nas escadas rolante e tudo o mais... (como tive capacidade para tanto, Oh! Deus...). Depois fomos sentar, lanchar e conversar. Tomamos um Milk Shake de chocolate, um sanduíche de queijo e... Mais nada! Dinheirinho pouco, sabe como é. Estudante na minha época meu bem, quando muito, só tinha no bolso a passagem pra voltar para casa.


Enfim, nosso namoro era daqueles de dar enjôos mesmo. Eu confesso: Era um namoro super meloso e cheio de nhen-nhen-nhen. (uiii...) Era tanto do fricote que hoje tenho vontade de “me” dar uma surra... Pensar que ficávamos o tempo todo:

- Ei, “thuco-thucoooo”...
- Fala têtezinha... Meu “carocim de mulungu”
- Ah! Diz que me ama, vai...
- Você sabe que sim!
- Diz que me ama um “tantão” assim...
- Te amo bobinha! Um tatãããão assim... ÓÓÓÓÓ!!!
- Ô meu chiricuthico de Tête amar...
- Vem cá minha fofolete...

Ta booom! Parou, parou... Sentiram o clima né? Muita “passione” e muita frescura. Durante esses quatro meses de namoro tudo era motivo para se guardar. Ela tinha uma caixinha onde colocava tudo referente ao nosso “Eterno Amor”. Dentro dessa caixa ela guardava além dos nossos cartões e bilhetinhos amorosos, um montão de catrevagens. Coisas bizarras mesmo! Imaginem que ela chegou a guardar o primeiro chiclete “ploc” que lhe dei no dia em que nos conhecemos. E eu não estou falando somente da embalagem do chiclete. Falo também do chiclete mastigado, chupado e desbotado que ela guardou. Porcaria né! Mas na época, achei lindo. E tem mais, também guardou o primeiro palito de picolé comprado nas areias da praia de boa viagem. Se o picolé era da Ki-bom? Que nada! Era daqueles que soltava um corante medonho, deixando a língua roxinha, roxinha... Ótimo para beijar depois (rs!). Isso sem falar nas dezenas de figurinhas do álbum AMAR É... Uma camiseta (minha) suada; vários guardanapos e folhas de papel de caderno escrito assim: Tête e Thuco se amam... (exagerados!); fotos; lencinhos perfumados; papel de balas e de chocolates; ingressos (todos!) das nossas idas ao cinema... Enfim, um arsenal de coisas era guardado nesta caixa. Inclusive o próprio canudinho do Milk Shake que acabáramos de tomar no fatídico dia dos namorados... Era a nossa “caixinha do amor eterno”.
Bom, logo após o idílio romântico nas Lojas Americanas, fomos direto assistir ao filme “A Lagoa Azul”. Tipo: 14:30; pipocas quentinhas; primeira sessão; última fileira... A tarde estava só começando! Assistiríamos ao filme logo na primeira sessão, e somente depois, na outra sessão, começariam os amassos pra valer... Mas nem tudo sai como agente quer e planeja. Estávamos ainda no bem - bom da primeira sessão, quando:

- Peraí, peraí, peraí... Num me aperte muito não...
- Que foi thuco-thuco?
- Acho que a mistura do milk shake com a pipoca me fez mal.
- Como assim?
- Minha barriga tá fazendo um barulho esquisito. Parece um "tambor" de tão fofa...
- Ave Maria! Só não invente de fazer "essas coisas" aqui perto de mim...
- Se você me apertar muito, vou pei...
- Nem me fale essa palavra horrorosa... Que coisa mais nojenta! Eu, hein?
- E eu vou falar o que?
- Gases! Soltar gases, pronto... É mais bonito de se escutar. E vamos parar com esse assunto nojento...
- Parar porque Tête? Vou mentir é... Negar que estou com vontade. Que besteira...
- Besteira não. “Nojentisse” e falta de romantismo, isso sim! Coisa mais feia... Logo hoje!
- Tudo para você tem que ser belo, lindo e maravilhoso.
- Claro. Essas “coisas” a gente faz no reservado.
- E a culpa agora é minha é? Essas “coisas” dependem só de mim é? Ora!
- Então vá para o reservado e fique por lá até soltar todos "esses ventos"...
- Como é que é a história? Tu tá querendo dizer que eu tenho que ficar trancado no banheiro do cinema até o peido sair... É isso?
- Psiuuuuuuuu! Já te pedi para não falar essa palavra nojenta perto de mim... Fale baixo! Ninguém precisa saber que sua barriga tá ruim... Tente prender "essa porcaria" até o final do filme. Será possível!
- Então tá bom! Se é assim que você quer... Vou “me prendendo” até onde der. O que eu não posso e não vou, é perder o filme por causa de um p .... De um “pum”! Melhorou?
- Melhorou...
- E se eu prender o “pum” e a “tripa gaiteira” der um nó, feito na música de Luis Gonzaga? Aí é que eu quero ver...
- Eu não tenho nada a ver com a tripa gaiteira de Luis Gonzaga meu bem... Tenho a ver com você, que é meu namorado.
- Escute uma coisa! Se eu morrer por causa de um peido... Pode esperar! Venho peidar toda noite perto de você... He,he,he.
- Engraçadinho você! Num tenho medo de namorado “malassombrado” não senhor... Tenho mêdo é de um futuro marido – vivo - capaz de soltar um “pum” e eu morrer envenenada aqui, no meio do cinema.
- (PUMMMMMM!!!!) Eitaaaa! Desculpa tête... Saiu! Juro que foi sem querer... É que não agüentei prender mais!
- Meu Deus do céu... Socorro! Eu tenho o estomago fraco pra essas “coisas”... Vou vomitar!
- Calma! Não fique nervosa não meu amor! Espere... Eu já tô saindo.
- Ãgora dão adeanta bais dão... Zenta! Zeu borco... Tâ tôdu bundo olhando brá dós dois...
- Ê quê dem eu besbo tô aguendando bais essa gatinga...
- O bior é quê dêm um vósforo eu bosso riscar...
- Debois dêsse "beido" você ãindã me âmba?
- Glaro! Beu bem... Tê âmbo buinto, viu?
- Êndão vambos êmbora beu bem!
- Feliz Dia dos Dãnborados...
- Brá você dambém... TÊ ÃMBO!
É o que minha Avó sempre dizia: “Para quem ama, até o peido cheira bem”. E ela tinha razão... Na intimidade entre duas pessoas o que vale é a cumplicidade. Portanto, deixemos para lá os fricotes e apostemos no correr dos anos. O tempo faz os ajustes necessários.

Dedico esta postagem a minha ex-companheira e hoje, uma grande amiga: Ana Teresa Gusmão de Vasconcellos Lira - minha eterna Tête -

sexta-feira, 4 de junho de 2010

AVON CHAMA !

Quem viveu nos anos 1950/60/70 há de se lembrar desses reclames... Onde sempre se via uma revendedora de produtos da Avon tocando a campainha de uma casa. E foi assim, de porta em porta, e com o slogan: "Avon Chama", que se consolidou no mundo inteiro, o sistema de vendas diretas no setor de cosméticos. Portanto, a história da Avon não existiria sem a venda direta, assim como a venda direta não existiria sem a Avon.
Eu adoro contar estórias... (quem me acompanha por aqui, sabe disso.) Então vou direto ao ponto, contando logo - e do meu jeito - a trajetória da Avon... Tudo começou quando um jovem de 20 anos, David McConnell, iniciou sua carreira comercial vendendo livros de porta em porta. E para agradar sua clientela, passou a distribuir pequenos brindes, entre eles um pequeno frasco de perfume que um amigo seu, farmacêutico, produzia. Sua intenção era fazer com que as pessoas aceitassem ouvir sua apresentação, pois não era tão bem recebido quando oferecia os tais livros de porta em porta na cidade de Nova York. E para sua surpresa, ele acabou percebendo que o perfume fazia muito mais sucesso que os livros. Foi aí então que ele descobriu o “mapa da mina” meu bem... O sucesso de seu negócio estava atrelado a grande aceitação dos produtos de perfumaria e a eficácia do sistema de venda porta a porta.
Chocado e absurdamente feliz com este enorme potencial de mercado, o até então vendedor de livros McConnell, mudou de ramo bem ligeirinho... (gico! Ele não era bobo nem nada...) E fundou, em 1886, a California Perfume Company (CPC - Companhia de Perfumes da Califórnia), com foco voltado para vendas em domicílio. O “abençoado” começou de forma tímida, num espaço bem pequeno, alugado no centro de nova York. Sozinho, ele passou a produzir os perfumes; exercer as funções de administrador, vendedor, caixa, despachante, correspondente e... “Boy”! A partir de então, vendo que não ia dar conta do recado sozinho, convidou uma velha amiga, a viúva Florence Albee, para ser a primeira revendedora de sua nova empresa e vender a “primeiríssima” coleção de perfumes “Little Dot”, com cinco fragrâncias apenas: Violet, White Rose, Heliotrope, Lily-of-the-Valley e Hyacinth. Engraçado... Eu não sei por quê, mas sempre escuto falar que todo perfume que se presa - francês ou não – tem sempre um “Q” de frescura explícita atrelada ao nome... Bom, sei lá! Mas enfim, frescura é o que não poderia faltar – também - na primeira coleção da futura Avon. Penso: O que dizer então do perfume de Andiroba e/ou Priprioca da Natura? Vixe! Essa é uma outra estória...
As revendedoras da AVON eram (e acho que ainda são!) premiadas com bonecas e medalhas. As bonecas - em porcelana inglesa - eram uma homenagem a primeira revendedora da Avon : A viúva   Florence Albee. As bonecas retratavam a Senhora Albee em diversos momentos e épocas, sempre elegantemente vestidas.
Alguns exemplares dessas lindas bonecas... Elas não se repetiam! Eram confeccionadas a ano a ano...   
 Prêmios para àquelas que mais se destacaram durante o ano nas vendas. 
Essas "bonecas/troféus" da Avon são disputadíssimas por colecionadores.
Bom, continuando a História... Durante seis meses a senhora Albee foi a única funcionária da empresa. Viajava de trem ou a cavalo para vender os tais produtos. Somente depois é que teve a brilhante idéia de convidar outras mulheres para compor o primeiro grupo de revendedoras da história da Avon. A partir de então foi implantado um sistema típico e pioneiro em vendas domiciliares de cosméticos. As revendedoras eram treinadas para exibirem os produtos, conversar, fazer charm, caras e bocas e finalmente, vender os produtos as donas de casa . O bom de tudo isso, foi o desenvolvimento de uma atividade comercial, independente e lucrativa para as mulheres. Pois em pouco tempo esse sistema de vendas apresentou resultados surpreendentes.
E vale lembrar caríssimos/as... Que o sistema de vendas porta a porta começou a mudar discretamente o papel das mulheres no mercado de trabalho. Uma vez que naquele tempo - e em todo o mundo - não havia campo específico de trabalho para as mulheres. As funções femininas eram unicamente maternas e domésticas. Elas não eram ouvidas, não tinham voz ativa nas decisões e não tinham direito ao voto.
Sim! E o nome Avon, como surgiu? Eu, antes de pesquisar sobre a marca, pensava que a palavra AVON vinha de um trocadilho com a palavra NOVA. Porque se escrita ao contrário, a palavra NOVA, vira o termo AVON. Sei lá... Bobagem! Pensei isso uma vez que a empresa fabrica “cremes e cremes” para deixar as mulheres cada vez mais NOVAS (...SAVON!). Na verdade, a empresa foi re-batizada com o nome Avon em 1939, e foi uma singela homenagem a William Shakespeare, escritor nascido na cidade inglesa de Stratford-on Avon, de quem McConnell, um amante da literatura, era grande fã. Simples assim.... he,he,he.
Propagandas das décadas de 50/60.
Na década de 50, com o crescente sucesso dos perfumes Avon, a empresa resolveu expandir seus negócios e se espalhou rapidamente pelos cinco continentes. Na mesma trajetória de outras grandes empresas, a Avon deixava de ser apenas uma empresa multinacional para se transformar em uma organização global.
Os produtos Avon - finalmente - aportam no Brasil.
A empresa Avon chegou ao Brasil no final dos anos 50, mas precisamente no dia 06 de agosto de 1959, com a sede na cidade de São Paulo. Tudo começou com a publicação de um anúncio no Suplemento Feminino do jornal Diário de São Paulo, e causou frisson geral. O texto dizia:

“Oportunidade às donas de casa. Para a senhora, que quer acrescentar dinheiro ao orçamento doméstico! Trabalhando apenas 4 horas por dia, representando AVON Cosméticos em seu bairro, a senhora terá uma excelente oportunidade de ganhar mais! Nós a treinaremos. Marque entrevista pelo telefone 36-7201 - São Paulo”.

O anúncio fez enorme sucesso e, desde então, a força de vendas no país só aumentou, espalhando-se – indiscutivelmente - para todos os estados brasileiros.
Se você foi criança, adolescente, adulto ou qualquer outra coisa nas décadas de 60/70 e/ou início dos anos 80, certamente há de se lembrar, ao menos de um, desses produtos da Avon... Impossível esquecer esses frascos de perfumes tão, tão, tão... “De-co-ra-ti-vos”! Digamos assim.
Incrível! Mas vender Avon na década de 70 - pelo menos na minha cidade – virou moda. Sério! O que era de moça andando para cima e para baixo com o catálogo da Avon preso no sovaco. Humm! Uma febre... Na época não se escutava falar em Natura, só Avon. E os catálogos Avon vinham cheios de frascos – originalíssimos - contendo perfumes, xampus e sabonetes. Cada um de um jeito, formato, cheiros e cores diferentes... Era de “endoidar” a cabeça da mulherada, principalmente as menos desavisadas... Isso sem falar nas crianças, que gostavam mais do frasco do que do produto em si...
Geeente! Vocês não têm noção da diversidade dos frascos que a Avon de outrora, oferecia... Coisa de louco mesmo! Hoje não existem mais esses frascos expostos nos catálogos... Foram taxados de “bregas” ao cubo com direito a raiz quadrada e tudo o mais. Aos olhos de hoje, é verdade! São bregas mesmo. Mas era uma tendência da época meu bem... Fazer o que? Atualmente eu os vejo com “ saudosismo” e dentro de um contexto nostálgico/retrô... E sem culpa!
Dia dos namorados era de “praxe” dar alguma coisinha da Avon. Fosse o que fosse, tinha que ser da Avon. Particularmente nunca recebi presentes da Avon no dia dos namorados... Pudera! Era um moleque - na época - para dar e receber presentes... Mas bem que eu queria ganhar esses perfumes...
Dizem as más línguas que o tempo passou (124 anos !) e a coitada da Avon continuou Brega... Tu acha? Durante as décadas de 70/80/90 os produtos da Avon só atingiam o publico C e D, mas de uns tempos para cá a Avon se modernizou e investiu em tecnologia meu bem... Chegou até a desenvolver duas fragrâncias para a francesa Christian Lacroix.
Na minha cidade – interiorzão do vale do pajeu - “arrudiar” a praça cheirando a produtos da Avon era o máximo! E toda noite era a mesma coisa... Um sobe e desce sem fim! E quando os caminhos se entrecortavam, os rapazes sentiam logo o cheiro:
- Hummm! Fulanininha tá usando Sweet Honesty da Avon... Cherôoooooooosa!

E quando do contrário:
-Vixe Maria... Eca!!! Quero o que??? Fulaninho tá usando desodorante e perfume Contouré Limão... Dispenso!
Ps:kkkkkkkkkk... Brincadeira! Mas essa vai para Gilson Marques (Gilson de Gera).
A linha infantil era super alegre e colorida. Tinha “bichinhos” de todo o tipo... Lembro que tive uma escova igual a essa, na forma de uma girafa. A do meu irmão era no formato de um coelho.
Os frasquinhos “de-co-ra-ti-vos” dos perfumes da Avon podem até serem tachados de “brega”... Mas que eram bonitinhos... Ah, Isso eram! E tinham um certo “charm” pra época... Olhem direitinho!
Fragrâncias da Avon que marcaram essa época... Spicy, Wild Cowntry After Shave, Diamante, Charisma, Safira, Wild Musk, Toque de Amor, Topaze, Sweet Honesty, Regence, Classic, Blue Lotus, Excalibur, Timeless… Enfim, foram tantos os perfumes fusionados as inúmeras lembranças, que até mesmo o tempo por vezes me trai... Se lembrar de mais algumas, postarei depois...
O meu pai adorava os perfumes da AVON. Não só ele,  meu avô materno também. Ambos ganharam essa chuteira : "Just for kicks"
E os carrinhos? Nossa! Disputa acirrada entre irmãos para ver quem fica ou não com os frascos secos. 
Quando se aproximava a época do dia dos pais, o catálogo vinha repleto de perfumes com designe e fragrâncias tipicamente masculinas. O meu pai cansou de ganhar perfumes neste estilo... Mas nunca ligou para o frasco! Eu e meu irmão é que fazíamos a cabeça dele... Aproveitávamos a chance para fazer com que ele encolhesse os perfumes de carros, motos, bichos e etc... O perfume da Avon que ele mais gostou de ganhar, foi uma chuteira, cuja fragrância era: Spicy! Saudades...
Esse trio!!!!
Esse era um trio parada dura! Quem nunca escutou falar do perfume CHARISMA? E do perfume TOPAZE? Não vai me dizer que não se lembra do TOQUE DE AMOR? Ah! Me poupe... Se não lembrou, é porque não vivenciou o lado “B” da vida meu bem. Esse trio “incendiava” os salões de festa nas décadas de 60/70. Perfumes de cheiro forte, é verdade! Mas eram (e ainda são) perfumes de mulher guerreira! Somente as corajosas ainda usam (rs!). Confesso que nunca mais senti o cheiro desses perfumes, mas sei que ainda estão no catálogo da Avon. São perfumes clássicos meu bem... Clássicos!!! Possuem tradição, requinte e respeito.
Tinha também os sabonetes que de tão bonitinhos que eram, dava pena de usar. Ficavam ali, guardados ou enfeitando a penteadeira, até um dia perderem o cheiro.
A criançada ficava maluca com esses carrinhos. Era até um pecado a Avon colocar esses carrinhos cheios de perfumes nos catalógos... Pois os guris ficavam malucos, esperniando e arrancando os cabelos para as mães comprarem... Eu e meu irmão camilo, éramos dois desses guris!
Lembro de uma amiga de minha tia que colecionava essas bonequinhas. 
 E essa botinha?  Sinceramente... 
Eu já recebi de presente um cisne desses... Pra mim era uma pata com uma coroa da cabeça...
Era bastante comum encontrarmos essa carruagem enfeitando centros e penteadeiras... 
Sempre achei essas bonequinhas um luxo!
Esse sino, depois de seco, acabava no centro da sala.... Pode?
Perceberam o destino dos frascos (secos) dos perfumes da Avon, né? Esse mesmo que vocês estão vendo à cima... Depois de usados, os frascos serviam para decorar estantes, centros, bufês, criados mudo, escrivaninhas, penteadeiras... Eu lembro de uma carruagem de vidro enfeitando a televisão de minha casa (Jesus!!!). E o que é pior! Para dar aquele “colorido” todo especial ao frasco – agora vazio – as mulheres enchiam o vidro seco com K-suco de uva, morango, abacaxi, laranja... Contanto que combinasse com a cor do bico ou da cianinha que arrematava o paninho ou a toalha da mesa... He,he,he. O fim!!!
Sweet Honesty
Quem nunca usou "Sweet Honesty" na adolescência, não vivenciou os anos 70. 
Essa tampinha em forma de pêssego fez história? Ou seria uma maça?! 
Geeente! Não tem nada que me lembre mais os produtos da Avon do que esse perfume e essa tampinha no formato de um pêssego. Todas as amigas da minha irmã possuíam um perfume assim, com essa tampa.  E por incrível que pareça, ela ainda guarda essa tampinha na sua estante de “bugingangas”... Outro dia eu vi. Eita que saudades de mim e de mais um monte de outras  coisas!!!