- Ô Bããããeee!!!
- Que foi filho? Tá melhorzinho...
-Tô dão! Êu to bem bal... Dem vãlãr eu posso, ãããrrr...
- Eu sei filho, é a garganta... Mas já vai passar.
-Tô Grîbado, com dosse, febre e dariz endubido. (Coff, Coff e Coff.)
- Eu sei filho, mamãe já deu remédio. Agora fique quietinho...
- Ô Bããããee!!!
- Oi Dhotinha, diga... Mamãe ta aqui.
- Abanhã eu dão vou brâ ESCÔLA dão, nê ??
- Vai não. Mamãe já mandou avisar pra sua professora (Dona Raimunda) que você não vai.
- Ããããrrr, tã bom bãe! Tê amo.
- Agora vê se dorme,viu...
- Bença Bããe?- Deus te abençoe, meu anjo.
Geeente!!!! Não me digam que vocês acreditaram nesse anjinho (quase moribundo) de candura? Tudo T- e - a - t - r - o. Verdade! Eu adorava ficar doente para não ir á escola. Bastava um pequeno resfriado que eu fazia aquele drama. E cansei de fazer isso diversas vezes. E aqui pra nós... Qual a criança que nunca exagerou - um pouquinho que fosse - ao ficar doente? Eu mesmo tinha uma receita infalível para transformar uma “gripinha” de nada, numa “gripona”. Eu só precisava fazer um teatrinho básico. E isso incluía um pouco de tudo: Cara de morte, olhos com olheiras enoooormes, o cabelo medonhamente despenteado e principalmente, a voz anasalada. Daí eu ficava emitindo (repetidamente) aquele som fãnho que prolonga as vogais, tipo: Ãããrr. Depois era só ficar ofegante a cada palavra que era dita, e pronto. O restante ficava por conta de assuar o nariz (a cada 05 minutos), tossir e espirrar. E quer saber? Eu acho que no fundo, toda criancinha adoentada (falo das espertas, ta!) sabia tirar proveito da situação e tinha lá os seus ganhos (e perdas também!). O que se ganhava era: Ficar em casa sendo mimado por vó, mãe, tia e Cia; Não ir pra escola; tomar chá, lambedor e mastruz com leite; se melar “todim” de Vick Vaporube (adorava aquele cheirinho de cânfora); ficar na cama fazendo planos para beber o vidro inteiro do Xarope Bromil; ficar olhando para a pastilha efervescente do Redoxon/Cebion (até ela desaparecer no copo); colocar um pano embebido no álcool ao redor do pescoço e assumir o status de “Coitadinho do bixim”. E tem mais, com esse “status pseudo/doentil” você podia exigir de tudo e todos um monte de regalias... “ Ô Bãããee !! EU QUERO banana flambada com calda de caramelo, ta!!! (Sem comentários, por favor!!). Agora! Quando a coisa ficava séria e o resfriado mixuruca se transformava numa quase bronquite. Dossa Bãe!! (digo, Nossa Mãe!!). Era um Deus nos acuda... O Teatrinho básico? Há, há! Num instante se acabava meu bem. Meu pai dizia logo: Vai chamar João dos Passos na Pharmácia... Era INJEÇÃO na certa! E a única saída era se esconder debaixo da cama. Bom, isso já é uma outra estória, um outro teatro... Saúde Caríssimos/as!!!
- Que foi filho? Tá melhorzinho...
-Tô dão! Êu to bem bal... Dem vãlãr eu posso, ãããrrr...
- Eu sei filho, é a garganta... Mas já vai passar.
-Tô Grîbado, com dosse, febre e dariz endubido. (Coff, Coff e Coff.)
- Eu sei filho, mamãe já deu remédio. Agora fique quietinho...
- Ô Bããããee!!!
- Oi Dhotinha, diga... Mamãe ta aqui.
- Abanhã eu dão vou brâ ESCÔLA dão, nê ??
- Vai não. Mamãe já mandou avisar pra sua professora (Dona Raimunda) que você não vai.
- Ããããrrr, tã bom bãe! Tê amo.
- Agora vê se dorme,viu...
- Bença Bããe?- Deus te abençoe, meu anjo.
Geeente!!!! Não me digam que vocês acreditaram nesse anjinho (quase moribundo) de candura? Tudo T- e - a - t - r - o. Verdade! Eu adorava ficar doente para não ir á escola. Bastava um pequeno resfriado que eu fazia aquele drama. E cansei de fazer isso diversas vezes. E aqui pra nós... Qual a criança que nunca exagerou - um pouquinho que fosse - ao ficar doente? Eu mesmo tinha uma receita infalível para transformar uma “gripinha” de nada, numa “gripona”. Eu só precisava fazer um teatrinho básico. E isso incluía um pouco de tudo: Cara de morte, olhos com olheiras enoooormes, o cabelo medonhamente despenteado e principalmente, a voz anasalada. Daí eu ficava emitindo (repetidamente) aquele som fãnho que prolonga as vogais, tipo: Ãããrr. Depois era só ficar ofegante a cada palavra que era dita, e pronto. O restante ficava por conta de assuar o nariz (a cada 05 minutos), tossir e espirrar. E quer saber? Eu acho que no fundo, toda criancinha adoentada (falo das espertas, ta!) sabia tirar proveito da situação e tinha lá os seus ganhos (e perdas também!). O que se ganhava era: Ficar em casa sendo mimado por vó, mãe, tia e Cia; Não ir pra escola; tomar chá, lambedor e mastruz com leite; se melar “todim” de Vick Vaporube (adorava aquele cheirinho de cânfora); ficar na cama fazendo planos para beber o vidro inteiro do Xarope Bromil; ficar olhando para a pastilha efervescente do Redoxon/Cebion (até ela desaparecer no copo); colocar um pano embebido no álcool ao redor do pescoço e assumir o status de “Coitadinho do bixim”. E tem mais, com esse “status pseudo/doentil” você podia exigir de tudo e todos um monte de regalias... “ Ô Bãããee !! EU QUERO banana flambada com calda de caramelo, ta!!! (Sem comentários, por favor!!). Agora! Quando a coisa ficava séria e o resfriado mixuruca se transformava numa quase bronquite. Dossa Bãe!! (digo, Nossa Mãe!!). Era um Deus nos acuda... O Teatrinho básico? Há, há! Num instante se acabava meu bem. Meu pai dizia logo: Vai chamar João dos Passos na Pharmácia... Era INJEÇÃO na certa! E a única saída era se esconder debaixo da cama. Bom, isso já é uma outra estória, um outro teatro... Saúde Caríssimos/as!!!
2 comentários:
...E João dos Passos,que acerta todas as "doenças",ainda hoje,passava cada remédio ruim,gosto horrível...eu ficava logo boa e deixava os remédios pela metade!Rsrsrsrs.O bom era ter a turminha do colégio toda na nossa casa.Eu adorava a farra!...
Beijo
"Atirei o pau no gato" pra mim seria um bom filme pornô. Poderia ser a continuação de "Miau e Rom Rom, Gatinhos íntimos".
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