O seriado
Batman (ou Batman e Robin) foi um seriado televisivo exibido entre 1966 e 1968,
tendo ao todo 120 episódios. O programa era baseado no personagem homônimo dos
quadrinhos e narrava a história de uma dupla de heróis que lutava contra o crime
“organizado” na divertida cidade de Gotham City. Nossos heróis, cujos nomes
verdadeiros eram Bruce Wayne e Dick Grayson, eram sempre auxiliados pelo fiel mordomo Alfred, pelo comissário de polícia James Gordon e pelo Chefe de Polícia
O'Hara
Numa
quarta-feira, em 12 de janeiro de 1966, o mundo da televisão foi mudado para
sempre. Serio! É que estreava no horário nobre da TV americana uma série
diferente de tudo que já havia aparecido na televisão. Assim que o seriado
entrou nos lares americanos foi um estrondoso sucesso, tanto para os adultos devido
aos atores de renome convidados para representar os “temíveis” vilões, como
para as crianças que por conta dos... "POW’s,
"SPLATT"s", KANUS,
SOCK e tantos outros que simulavam as onomatopeias presentes nos quadrinhos. Aqui no Brasil a série também estreou no ano de 1966 pela TV Paulista do Rio de Janeiro...
Toda
semana ia ao ar um episódio em duas partes. Os episódios passavam nas quartas
e quintas feiras. Durante as primeiras duas
temporadas, cada história era mostrada em episódios duplos, ou melhor, em duas partes. Somente na
terceira temporada é que surgiram os episódios triplos.
Ao
final de cada episódio pairava uma pergunta no ar: "Conseguirá nossos
bravos heróis escapar de mais esta armadilha mortal ?" E era sempre assim,
no final dos episódios Batman e Robin eram pegos em armadilhas mortais, e
daí eramos aconselhados a "sintonizar amanhã na mesma Bat-hora e no mesmo
Bat-canal." Um barato!!!
O seriado estrelado por Batman e
Robin possuía um tom “bem comportadinho”, cheio de discursos e bons
costumes. Todo muito dentro da lei, afinal de contas... Qualquer deslise dos
dois. Tadinhos! Seria uma afronta a moral e as boas tradições da época.
O seriado Batman se tornou um sucesso instantâneo, pois agradou ao
público em vários níveis. Tinha ação e suspense que encantava adultos e
principalmente, as crianças. O seriado oferecia toda semana algo único e
peculiar às tardes e as noites, transformando os episódios num verdadeiro show para
a família inteira.
Vestidos
com calças de lycra apertadíssimas e possuidores de uma performance meio que psicodélica,
o seriado tirou muito da seriedade que vinha tendo os personagens dos quadrinhos
e deu um ar mais super soft. O bom foi que o mesmo aconteceu também com os vilões do
seriado. Tudo era inovador... Também pudera, né meu bem! O próprio
Robin usava botinhas verdes que mais pareciam botinhas dos contos de fada ou do
universo encantado dos duendes...
Logo após a estréia da série ir ao ar no Brasil e em outros países,
várias crianças ficaram feridas, querendo "voar" feito o Batman. Atiravam-se
para fora das janelas se achando o próprio homem morcego. Daí um anúncio feito
por Adam West, vestido de Batman, foi filmado para desencorajar as crianças a
não praticar tal comportamento, e deixou claro que ele próprio não poderia
"voar". Que bonitinho né não? Sei...
Na terceira temporada da série, com a chegada da nova heroína
Batgirl para compor um trio de forças contra a bandidagem, uma nova transformação
ocorreu nos episódios da série, desde os créditos da abertura, contendo o nome
de Yvonne Craig e também mostrando a Batgirl em sua impecável motocicleta toda
incrementada.
Aqui no Brasil a série foi apresentada pela
primeira vez na extinta TV Paulista, canal 5, de São Paulo (depois adquirida
pela TV Globo/RJ). Ela foi a responsável por comprar os direitos de exibição e apresentar
a série ainda no ano de 1966. Os episódios foram exibidos inicialmente em preto
e branco, as terças e quartas-feiras, às 20h30. Logo depois, a série estreou no
Rio de Janeiro pela TV Globo, sendo exibida inicialmente à noite e passando
para as 17h20, dentro do programa "Roda Gigante", que também exibia
Os Três Patetas e o Super-Homem, com George Reeves. Após sua saída da TV Globo,
Batman passou pela TV Record (1969), TV Rio, TV Bandeirantes (1972) e TV Tupi
(1975). No início dos anos 90, Batman voltou pela TV Gazeta de São Paulo, pelo
canal Fox (2000), Fox Kids (2003), FX (2005) e TCM (2004 e 2009). E mais
recentemente pelo canal 21. Aquela coisa, vira e mexe vem sendo reprisada por
alguma outra emissora..
Geeente! E o que dizer dos créditos de abertura do seriado,
contendo os nomes dos principais astros do espetáculo em forma de uma
animação, com muitas cores e criatividade, utilizando para isso diversos
desenhos muito semelhante aos dos comics, contendo várias cenas de lutas,
efeitos onomatopaicos como SOCK!, POW!, entre outras... Além, naturalmente
da narração dos artistas/personagens do espetáculo, realizadas originalmente
pelo produtor executivo William Dozier, e o famoso tema musical.
Tam-nanam-nanam-nanam-nanam-nanam... BATMAN!!!!
BIFF!, OOOF!, POW! SOK!,BLAP! AIÊÊÊ!, ZOK...
Nos créditos finais de encerramento de cada
episódio eram no mesmo estilo do desenho
da abertura, só que exibindo apenas um tipo de imagem. Lembram?
Nesta imagem aparecia a
cidade de Gotham como pano de fundo e o batsinal. Lembram? Esse quadro final
não mostrava caricaturas de pessoas e nem figuras onomatopaicas. Passava
somente as legendas com todos os envolvidos na produção do seriado.
Nesta suntuosa
mansão de “séculos passados”, residia: O mega milionário Bruce Wayne, seu pupilo
Robin, a bobinha da Tia Harriet e Alfred, o mordomo. Até ai tudo muito habitual...
Família de milionários morando super bem, simples assim. Só que embaixo dessa
mansão existia uma caverna... A Batcaverna! Sonho de consumo de nove entre dez
meninos na época. Eu? Naquela época! Abandonaria pai, mãe, cachorro, papagaio e
ia morar na Batcaverna. Era só tio Bruce me adotar como adotou o Robin... “Santa
tolice! Marcos Dhotta”.
Quando esse bendito telefone vermelho tocava,
era sinal que a dupla dinâmica estava prestes a entrar em ação. E quem estava
do outro lado da linha? Lógico que era o pentelho do Comissário Gordon que
não sabia resolver nada sozinho.
Daí era só Batman degolar a cabeça de Shakespeare e acionar um botão, que
as estantes de livros da parede do escritório se movimentavam, como se fosse
uma porta corrediça, abrindo assim uma entrada para a batcaverna. A partir de então Bruce e Dick corriam felizes para dois canos
enormes, igual àqueles usados pelo Corpo de Bombeiros. Esses canos e/ou
corrimão, como queiram chamar, os levavam até a batcaverna localizada abaixo
da mansão.
Momento
de descontração: Bruce e Dick posando para fotos antes de descerem para a
Batcaverna. Engraçado! O cano por onde o Batman desliza é mais grosso e
encorpado que o do Robin... Perceberam? Vai saber!
Há
quem diga que toda essa moda do “poledance” não surgiu na década de 80 na
Inglaterra, e sim, na década de 60 em Gotham City. E que os precursores foram
Batman e Robin... Pode?
O mais engraçado de tudo isso era quando Bruce e Dick, descendo
pelo batcorrimão até a Batcaverna, já surgiam fantasiados de Batman e Robin. Como
funcionava esse troca-troca de roupas, nunca foi explicado.
E mais, esses batcorrimões serviam tanto
para descer quanto para subir. Isso mesmo! Pois todas as vezes que Batman e Robin
chegavam de alguma incumbência anticriminosa, os dois agarravam novamente nos
corrimões e subiam numa espécie de elevador, que era velozmente impulsionado
para cima. E daí eles apareciam no escritório da mansão já devidamente vestidos
como Bruce e Dick. Simples assim... Coisas do Batman!
Ahhhh! A Batcaverna... Era um local espetacular cercado das mais
modernas engenhocas. E tudo de última geração, viu! Como por exemplo:
computadores (raridade na época), laboratórios ultramodernos, super-radares e inúmeras
parafernálias eletrônicas.
O engraçado é que muitos desses
aparelhos usados na Batcaverna também eram e/ou foram utilizados em outras
produções da 20th Century Fox. Eles podiam ser vistos descaradamente nas séries
“Perdidos no Espaço”, “Viagem ao Fundo do Mar”, “Túnel do Tempo”, “Terra de
Gigantes”, entre outras. Eu mesmo cansei de reconhecer vários desses
equipamentos, principalmente no seriado “Perdidos no Espaço”. Era um
barato!
Logo após o chamado via batfone , a dupla dinâmica corria para o
batmóvel, que também lá se encontrava, e após uma rápida checagem como “ligar
as baterias atômicas”, “acelerar turbinas” e... “tudo pronto, Robin?”, acionavam
a turbina do carro que emitia uma chama de fogo na parte traseira do carro, e
assim eles saíam à toda velocidade para ver o Comissário, que os aguardava
ansiosamente, ou para alguma outra eventualidade e emergência.
Esta cena da saída do batmóvel da caverna era igualmente repetida por
diversas vezes, até mesmo num mesmo episódio e sempre da mesma maneira e
praticamente já fazia parte da abertura do espetáculo.
A sequencia era filmada bem lenta, e depois era mostrada de forma acelerada, passando a
impressão ao espectador que o carro saia a toda velocidade. Quando o carro se
aproximava de uma espécie de cancela fechada, ela rapidamente se deitava
permitindo o carro passar e ao final da cena aparecia uma placa apontando
Gotham City – 14 miles.
Este era o Mapa da cidade de Gothan.
A entrada da caverna por onde o batmóvel saía e /ou entrava.
O
Batmóvel foi feito especialmente para o seriado, este foi o modelo mais
impressionante do carro da Dupla Dinâmica. Seu criador, um construtor de carros
de corrida super excêntrico chamado Ed "Big Daddy" Roth. A história
desse incrível carro começa em 1955, quando uma divisão da Lincoln da Ford
Motor Company, projetou e construiu um carro conceito num estilo bastante
futurista, que inclusive recebeu o nome de Lincoln Futura, construindo
totalmente à mão, na oficina em Turin, na Itália, e custou a bagatela de
250.000 dólares.
Como muitos outros carros conceitos da época, esse carro também
nunca foi colocado em produção, até que em meados dos anos 60, George Barris
Kurstom conseguiu arrematar o carro diretamente da Ford. Pouco tempo depois,
George recebeu a visita dos produtores da série de televisão Batman, para que
George construísse o carro do Batman para ser exibida dentro do espetáculo.
Rapidamente George começou a adaptar o carro e três semanas depois, em outubro
de 1965, o Batmóvel foi entregue e passou a integrar o seriado.
Além do Batmóvel a dupla dinâmica dispunha de outros veículos,
como:
O batcóptero
A famosa Batlancha
A batlancha novamente em ação.
E finalmente, o batciclo.
O menino prodígio nunca guiava o batciclo, era sempre o Batman.
As placas dos veículos da dupla dinamica!!!
Esta
série de televisão inovou em muitos aspectos, além de introduzir características advindas da Pop Art ao seriado, também mostrou novidades para a televisão, que
até aquele momento apenas engatinhavam. Os programas coloridos, por exemplo,
ainda eram uma inovação para a televisão em diversas partes do mundo, e isso
provavelmente promoveu a utilização de uma multiplicidade de cores, somados aos
efeitos onomatopaicos como BANG!, POW!, CRASH!, entre outros, conhecidas das
Histórias em Quadrinhos.
Geralmente
esses efeitos eram mostrados quando acontecia uma luta entre a dupla dinâmica
com os seus inimigos, o que também geravam uma série de controvérsias,
principalmente porque esses títulos onomatopaicos faziam com que alguns críticos
de televisão torcessem o nariz, argumentando que elas demonstravam uma sensação
de infantilidade e baixa produção... Mas
apesar das críticas contrárias da imprensa, dos fãs do herói e da constante
perseguição da censura e órgãos de bons costumes, o seriado tornou-se um
fenômeno em audiência.
Segundo
os fãs da série, foram utilizadas 84 palavras diferentes nas cenas de luta
entre Batman e seus inimigos... E haja "Bam", "Kapow", “Plop”,
“Pow”...
Por
outro lado, o público espectador da série, não estava nem ai com esses
comentários e a grande maioria até gostava dessas onomatopaicas, que
provavelmente foram utilizados intencionalmente para satirizar e tornar ainda
mais suaves as lutas violentas, principalmente aos olhos das crianças.
Eu
achava super legal quando chegava ao final de cada episódio, onde nossos heróis acabavam
sempre caindo nas garras dos vilões, que arriscavam tudo para eliminá-los da
face da Terra. E assim que a dupla dinâmica era capturada, os queridos vilões inventavam
rituais de sacrifícios muito bem sofisticados. Verdadeiras torturas meu bem! De
causar inveja aos inquisidores da idade média. E mais, a tortura até a sua
completa eliminação demandava tempo. Eram realizadas de forma lenta e dolorosa,
para que os vilões pudessem saborear cada momento da sua vitória. Imagina que
trash!
E era ai que o narrador, já no finalzinho do episódio, dizia:
”E agora ??? A Dupla dinâmica conseguirá escapar?” "Será este o fim para os nossos heróis?".
E depois dizia: “Amanhã! Não
percam mais um bat-capítulo. Na mesma bat-hora, no mesmo bat-canal". Lembro de tudo isso como se fosse hoje!
Outra cena que ficou bastante conhecida na série foi aquela onde Batman
e Robin escalavam um edifício altíssimo. “Nossa!!!
Inacreditável... O Batman e o Robin escalando
um edifício?” Há, há, há... Efeito especial mais que mixuruca meu bem! Toda
criancinha esperta sabia o truque: A cena era filmada na realidade sobre um
cenário deitado, onde os atores puxavam uma corda e iam andando curvados.
Depois da edição, a cena era mostrada no sentido vertical, dando a impressão de
que a dupla dinâmica estava escalando o tal edifício usando a bat-corda. Mas as
“criancinhas sabidas”, para não acabar com a magia daquele momento, botavam fé
e faziam de conta que acreditavam. Não custava nada mesmo, né? Pra que saber da
explicação técnica e minuciosa daquele efeito tão especial e sofisticadíssimo?
Eu hein!
O que me intrigava mesmo era o fato de Batman sempre mandar o
coitado do Robin ir na frente e ele vinha logo atrás dando “ umas encostadinhas
de leve” no menino prodígio. Que coisa! Eu era uma criancinha tá, mas não era
bobo.
Todas as vezes que Batman e Robin subiam para o topo do prédio,
algum astro de hollywood aparecia na janela para acenar. O primeiro a aparecer na janela foi Jerry Lewis, disse algumas palavrinhas à dupla dinâmica e... Pronto! Estava
lançada a moda. E no decorrer do seriado outros astros famosos foram convidados
a participar deste quadro. Dizem inclusive que a vaga para aparecer na janela
era disputadíssima entre os famosos de Hollywood.
Van Williams (como Besouro Verde) e Bruce
Lee (como Kato).
Sammy Davis Jr.
Dick Clark; Bill Dana; Howard Duff (como o detetive Sam
Stone da série “Felony Squad”); Werner Klemperer (como Coronel Klink de
“Guerra, Sombra e Água Fresca”); Ted Cassidy (como Tropeço da série de “A
Família Addams”); Don Ho; Andy Devine (como Papai Noel); Art Linkletter; Edward
G. Robinson e Susie Knickerbocker (a única mulher a aparecer neste quadro).
Bomba, bomba, bomba! “Batman é muito, muito gay." Foi assim
que o roteirista Grant Morrison declarou na ultima edição da Playboy americana.
O roteirista da DC Comics tira do armário o nosso homem morcego – cuja relação com
o parceiro Robin era alvo de suspeitas há tempos - Acho isso uma bobagem,
porque tem que ser imprescindível que um super- herói seja um heterossexual. Acredito
mesmo que a maldade está nos olhos de quem vê, e se ele é ou não gay, e dai? Um herói gay não poderia lutar contra o crime?
O que dizer do Lanterna Verde... Acho uma tremenda bobagem ficar definindo a sexualidade
dos nossos heróis, pois somos suficientemente capazes de imaginar e/ou criar em
nossas mentes aquilo que bem entendermos... Vá catar coquinhos Mr. Morrison.
Não há em toda a Liga da Justiça uma dupla de
heróis que sofra tanto com boatos sobre sua sexualidade quanto Batman e Robin. A
nebulosa relação do homem morcego com um adolescente que mais parece um duendezinho de contos de fadas é motivo de desconfianças e piadinhas. Tudo bem existem
evidencias... Mas não o bastante para provocar a atenção de gente que não tem o que
fazer.
“Abra as suas asas, solte suas feras... caia na gandaia, entre nessa
festa” A Vida Secreta de Batman e Robin não tem nada a ver com
ninguém... O que acontece ou deixa de
acontecer na batcaverna ninguém tem nada com isso. Deixem que o próprio
leitor dos gibis, com sua criatividade mais fértil, possa imaginar o que bem
entender...
Afinal Batman e Robin são uma dupla ou um
casal? Não há quem já não tenha ouvido piadas e insinuações sobre um caso de
amor entre Batman e Robin - fãs mais exaltados já chegaram a se agredir
atacando ou defendendo a tese -, mas, afinal de onde vem essa história? E por
que justamente Batman e Robin e não outros heróis? Afinal, Super-Homem andava
com Jimmy Olsen, Aquaman com Aqualad, Arqueiro Verde com Ricardito, Flash com
Kid Flash, Mulher-maravilha com Moça-Maravilha, Zorro com Tonto, Mandrake com Lothar,
Tarzan com a macaca Chita, Besouro verde com kato... E porque somente o Batman
não podia ter um parceiro no combate ao
crime?
Bem, a origem de que Batman e Robin viviam em cima do muro, veio da suposta convivência praticamente cotidiana da
dupla. O que tornou mais sério do que parece e acabou levando milhares de revistas
de quadrinhos para a fogueira, além de ter ajudado a gerar um rigoroso código
de censura nos quadrinhos americanos. Tudo começou em 1954, quando um “psicólogo
incubado” chamado Frederic Wertham lançou o livro “A Sedução dos Inocentes”.
Na
"obra", Wertham plantou sementes de discórdia que dão frutos ainda
hoje em vários países do mundo. O psicólogo afirmou que os quadrinhos eram pura
perversão e usou "exemplos claríssimos" de que eles pregavam o crime
e, principalmente, condutas sexuais mais que condenadas pela então extremamente
rígida sociedade norte-americana. “O
psicólogo incubado” Wetham afirmou que a Mulher- Maravilha era lésbica,
afinal vinha de uma ilha só de mulheres e usava os punhos para enfrentar os
homens. Da mesma forma, garantiu que Batman e Robin tinham um relacionamento
homossexual. E o tal psicólogo ainda foi mais longe, para ele o Pernalonga
tinha orelhas fálicas e cabeça em forma de testículos. O perturbado psicólogo
Wertham teve a paciência de reparar quantas vezes as orelhas do coelho se
levantavam em um desenho, "simbolizando a ereção de um pênis".
Sinceramente, uma Louuuka, né?
As
afirmações do psicólogo fizeram com que milhares de pais queimassem gibis em
fogueiras em quase todas as cidades dos Estados Unidos e acabou gerando o Comics Code, um "código de ética” que censurou os
quadrinhos. Aqui no Brasil, o livro só ficou conhecido - e ajudou a difamar os
quadrinhos - bem mais tarde, quando o jornalista Samuel Weiner divulgou as
teorias do psicólogo para difamar seu concorrente Roberto Marinho, que então
era um grande publicador de HQs
Antes
de morrer, o psico-louco Wertham veio
a público e pediu desculpas aos quadrinistas e fãs de quadrinhos, garantindo
que "havia exagerado” no que havia escrito. Tarde demais, o estrago já
estava feito. E que ele tenha uma morada tranquila lá, bem embaixo da terra.
Batman e suas poses para as câmeras...
Desde que ele seja feliz, o problema é dele.
E quem não se lembra de seu desempenho numa boate logo no
primeiro episódio, tentando inutilmente seduzir a vilã Jill Saint James? Ficou
na história. Quentin Tarantino que o diga...
Se o Batman dava pinta? Acho que não. Era a dança típica da década dos anos 60....
Dizem que o Batman foi quem primeiro introduziu o pole-dande
nas Américas... Será?
Tudo bem que às vezes a dupla dinâmica exagerava
nas cenas... Mostrava o jovem mancebo muitas vezes juntinhos até demais... Sem falar que viviam sentados um ao lado do outro discutindo
filosofia num clima completamente idílico. E mais, “Os dois viviam em aposentos
luxuosos com flores campestres e grandes vasos da Dinastia Ming... E quantas
vezes vimos Bruce Wayne em um robe de chambre de seda... É como um sonho de
dois homossexuais vivendo juntos” afirmava Wertham em seu livro.
Muito meigo o batman em momentos de descontração.
Os críticos da época cismaram com a voz do Robin, pode? Diziam que
era um tanto quanto "efeminada" e que os diálogos de tão pueris, jamais
poderiam sair da boca de um super – herói... “Santo preconceito, Batman!”. Se
fosse hoje eu chamava o Anderson Silva pra calar a boca dessa Galera.
O
longa-metragem do Batman baseado na série dos anos 60 é a primeira incursão do
personagem no Cinema no formato
de filme. As primeiras versões do herói, feitas na década de
40, eram somente seriados exibidos no cinema. O filme foi originariamente
planejado como piloto da série, mas os produtores resolveram aproveitar o
sucesso da primeira temporada da série e lançar o longa-metragem. Contando com
os mesmos atores da televisão (com exceção de Julie Newmar, intérprete da
Mulher-Gato, substituída por Lee Meriwether), este filme de 105 minutos foi
dirigido por Leslie H. Martinson, que já havia dirigido alguns episódios da
série televisiva.
Cartaz do filme em 1969
Outro exemplar do cartaz do filme promocional do Batman.
Batman , o Filme!
Aqui o filme já em DVD.
A música tema da série, considerada por muitos como uma das mais tocadas e lembradas dos últimos tempos. Acho quase impossível alguém nunca ter escutado
essa musiquinha... Ela foi composta pelo compositor Neal Nefti e executada pelo grupo The Ventures. A
música se baseia em “refrões minimalísticas, numa progressão de blues, de barra
simples, utilizando apenas três acordes”.
Essa música se tornou referência quando o assunto é Batman. A letra
da música era simplesmente: “Lalalalalalalala... BATMAAAN!”. Há,há,há. Um
clássico.
A
série apresentou resultados maravilhosos na primeira temporada, já na segunda, a
audiência começou a cair. Mas mesmo assim os produtores insistiram e investiram
alto nos episódios. Só que infelizmente o milagre não aconteceu.... E a
terceira temporada foi um fiasco, os índices de audiência começaram a despencar
vertiginosamente. Tentaram-se algumas saídas, mas nenhuma delas conseguiu frear
o declínio da série. Nem a Batgirl - que surgiu na terceira temporada - e seu
lindo par de pernas, impediu esse desfecho final. Em 14 de março de 1968 foi ao
ar o último episódio da série: "Minerva, Mayhem
and Millionaires". Pois é, o Batman que a tudo enfrentava, não conseguiu escapar
do destino cruel que foi o final da série. “Santa maldade, Batman!”
Muitos fãs até hoje se sentem órfãos da série... Eu
também! Por isso faço fila junto a todos eles.
Uma das criações mercadológicas mais famosas
da série foi o nascimento da “Batmania”. Vários produtos começaram a exibir a
marca do Morcego e se transformaram numa febre de consumo. A começar pelas inúmeras edições de revistas enfatizando a imagem do homem morcego, portanto, copos, a
lancheira, sandália ou patinete do Batman, que você vê hoje nas lojas, é um
reflexo ainda da febre da Batmania que deu muitos lucros as empresas envolvidas
neste processo. Hoje existem novas séries animadas, filmes e demais versões dos
quadrinhos, que sempre possuem uma versão para ser comercializada, com a marca
do personagem estampada, de uma maneira até mais intensa do que foi há quase 40
anos. Afinal, hoje até sabão em pó usa a imagem dos super-herói para vender
mais.
Estes bonecos dos personagens do seriado
são verdadeiras relíquias para os colecionadores... Uma das criações
mercadológicas mais famosas da série foi o nascimento da “Batmania”. Vários
produtos começaram a exibir a marca do Morcego e se transformaram numa febre de
consumo. A começar pelas inúmeras edições de revistas enfatizando a imagem do
homem morcego, portanto, copos, a lancheira, sandália ou patinete do Batman,
que você vê hoje nas lojas, é um reflexo ainda da febre da Batmania que deu
muitos lucros as empresas envolvidas neste processo. Hoje existem novas séries
animadas, filmes e demais versões dos quadrinhos, que sempre possuem uma versão
para ser comercializada, com a marca do personagem estampada, de uma maneira
até mais intensa do que foi há quase 40 anos. Afinal, hoje até sabão em pó usa
a imagem dos super-herói para vender mais.
A
Batmania tomou conta do país e o seriado tornou-se um dos mais assistidos de
todos os tempos. As lojas foram invadidas por toda a sorte de
bat-quinquilharias, tais como "cards", bicicletas, bonecos miniatura,
carrinhos, fantasias, etc. Estes bonecos dos personagens do seriado são verdaeiras relíquias para os colecionadores...
Atualmente Adam West e Burt Ward.
3 comentários:
Batmaníaco vc? rs
Eu tb fui mas nos tempos do primeiro com Adam West ... ai ai ... saudadas do tesão q ele me dava ... rs
bjão
Nossa, muuito bom tudo o que você nos relatou a respeito dessa dupla inesquecível!
Eu era fã do Fantasma, sabe?
Mas também gostava do Batman e Robin!
Dhotta, acabei de postar a Latinha de bolachas/ Lancheira que encontrei jogada fora.
Achei muito legal as figuras ilustrativas da peça!
Se desejar vê-la, passa no http://nadja-cacarecos.blogspot.com.br/
Eu creio que a peça seja dos anos 50...
Bjksss
Menino, você se empolgou hein? Adorei esse artigo tão completíssimo sobre a dupla dinâmica maravilhosa que tanto nos encantou na infância. Lendo o seu texto parecia que eu estava mesmo voltando ao passado, assistindo na tv da casa do amigo rico, na no interior onde eu morava. Os pais deles abriam as portas para toda a meninada, parecia até cinema. Saudades, mesmo. Valeu, querido. Parabéns por toda a pesquisa. Maravilhosa, como sempre. Eu tb já estava mesmo era com saudades de tu. (se me permite. rsrs) Um abraço.
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