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domingo, 23 de maio de 2010

MENUDO, TPM, COISAS & TAL...

Foi exatamente esse o conteúdo do bilhete deixado - dentro - da minha apostilha de Biologia... Inacreditável! Como pode um namoro de dois anos, cinco meses e três dias acabar assim, do nada: PLUFT!. E o pior, sem explicação nenhuma. Ela só podia ta doida! Fui ter com ela nos corredores da escola, lógico! Então...

- Nem pense em se aproximar de mim... Se der mais um passo, eu faço um escândalo.
- Mas Tetê, eu...
- A-N-A T-E-R-E-S-A!!! Meu nome é Ana Teresa. Só quem me chama de Tetê é minha mãe, que me pariu, e meu pai que me sustenta. E você não é ninguém!
- Meu Deus! Que foi que eu fiz?
- Naaaada! Vocês homens nunca fazem nada... Uns “santo”!!!.
- Peraí...
- Peraí o quê? Você apronta e depois quer se explicar... Pra mim A-C-A-B-O-U. Isso foi a gota d’água. Nunca pensei...
- Mas...
- Mas, uma pinóia! Fique calado. Num sabe escutar não é? Que coisa! Ainda não terminei de falar... Nunca pensei que um dia você pudesse fazer um negócio desses comigo...
- Mas o que foi que eu fiz?
- Quer mesmo saber? Quer? Pois eu digo: Como é que você foi capaz de permitir que eu fosse para o Show dos Menudos com minhas amigas... Eu que não era “neeem - tããão - fãããã”, assim, deles.
- Como não? Tinha tudo deles... Álbum de figurinhas, pôsteres, revistas, camisas e todos os LPs...
- Engano seu... Não “me” reprima! Você é que NUNCA foi suficientemente inteligente para perceber que eu só gostava dos Menudos por sua causa.
- Como é ?
- Isso mesmo! Só gostava dos Menudos porque achava o “Charlie” a sua cara. E também, porque ele era o “menos” Gay dos cinco...
- Agora você me ofendeu...
- Ofendi nada. Você jamais, em momento algum, poderia ter permitido que eu fosse aquele show...
- Mas o que foi que aconteceu lá?
-Você é realmente um insensível... Um incapaz! Não sabe compreender uma garota de dezesseis anos... (lágrimas, lágrimas e lágrimas).
- ?????????
- E sai pra lá... Não preciso do seu consolo.
- Peraí...
- Peraí, Peraí, Peraí... Só sabe dizer isso é? Ôxe! O problema meu filho! É que você não poderia ter deixado que eu fosse para o show dos Menudos, e pronto. Só isso!
- Eu ia fazer o que então?
- Sei lá... Fizesse alguma coisa! Me impedisse; me trancasse; me amarrasse...
- Tu ta ficando é doida, visse...
- Doida? Eu tô é cansada dessa tua carinha de Menudo. Se fosse outro, dava uns gritos em mim, e pronto. Proibia-me de ir e tava acabado. Mas nããão!!! Concordou na hora, sem nenhuma resistência.
- Agora você endoidou de vez...
- E ainda tem mais... Tive que ir ao Show dos Menudos com uma espinha gigantesca bem no meio da minha testa. Um castigo!
- Posso falar?
- Ainda não! Num terminei... E quer saber por que tenho todas essas espinhas no meu rosto? E porque hoje a minha cara esta toda marcada, esburacada, monstruosa... Um horror! Por sua causa. A culpa é sua...
- Minha?
- É sim. Já esqueceu foi? De todas as caixas de chocolate que você me deu nesses dois anos, cinco meses e três dias de namoro? Quinze! Foram quinze caixas de chocolate! E tenho a prova disso, ta. Guardei todas... Seu monstro!.
- Monstro?
- É, e o mais feio de todos. Vai dizer que nunca se olhou no espelho? Monstro, monstro, monstro e monstro... Não tem mais nada de Charlie do Menudo. É um Pedro de Lara!!! Você é um monstro e quer me transformar numa “monstra” também, me enchendo de chocolates...
- Mas num era você que vivia dizendo que adorava ganhar chocolates?
- Ah, são os comerciais de TV que coloca esse tipo de coisa nas nossas cabeças. E você - feito besta - é o primeiro a acreditar. Li na CAPRICHO desse mês que chocolate, refrigerante e brigadeiro são os maiores inimigos das adolescentes... Ve-ne-nos! Tu não achas?
- Eu acho que...
- Não precisa nem terminar de dizer a frase. Já entendi tudo... Sua opinião é igual à de todos os namorados das minhas amigas. E sua opinião pra mim, não vale um tolete de “bosta”. Pois fique você sabendo que eu NÃO vou abrir mão de comer meus brigadeiros, só porque você acha que tenho uns pneuzinhos do lado...
- Eu não disse isso...
- Mas pensou! Dá no mesmo...
- ?????????
- E outra coisa, não existe mulher sem “pneuzinho” neste mundo. Eu vi as fotos da Angélica de biquíni na praia com o César Filho e a primeira coisa que observei foi um pneu enoooooome. Tipo pneu de trator! Sabe como é né...
- Sei...
- Sabe nada... Ah! Lembrei de uma outra coisa. Não me dê NUNCA mais essas blusinhas de alça, folgadas na cintura. Vou entender como uma afronta, um desaforo... Sei que tenho minhas gordurinhas localizadas e não precisa ser sutil pra me lembrar... Eu te mato se você me der novamente uma blusa dessas. Fale a verdade agora! Eu estou ou não estou gorda?
- (Silencio Total! E quem é doido de responder?)
- O seu silêncio já disse tudo. Ficou caladinho desse jeito porque sempre me achou gorda. Imensamente gorda... Uma baleia! Eu sabia... ( lágrimas, lágrimas e lágrimas...)
- Posso falar agora?
- NÃO! É que pra vocês homens é tudo muito simples. Basta um Jeans Staroup fubento, uma camiseta Hering e ninguém repara. Eu saio com um fio de cabelo fora do lugar, e a escola toda percebe... E imagina, eu, agora? Gorda desse jeito... Não tenho uma roupa que preste. Nada me cabe, e eu não caibo em nada. O meu guarda roupa esta TODO perdido... (lágrimas, lágrimas e lágrimas).
- (silêncio novamente).
- Vai falar nada não é?
- Posso?
- Pode...
- Mas meu amor, pior são as mulheres da Etiópia. Coitadas! Que nem um “molambo” possui para vestir. E com a quantidade de roupa que você tem, dá pra montar um brechó...
- Eu não acredito no que acabo de escutar de sua boca! Lá vem você com suas comparações estúpidas. Pode parar... Essa doeu na alma! Só pode ser uma provocação de sua parte. Mulheres da Etiópia e Eu? Ou melhor, as mulheres miseravelmente magras da etiópia e as mulheres absurdamente gordas do Brasil, por acaso, EU... Foi isso que você quis dizer né? Ta satisfeito agora... Quanta insensibilidade!!! (lágrimas, lágrimas e lágrimas).
- Agora lascou... Fudeu!
- Porque, me diga? Porque você permitiu que eu fosse ao show dos Menudos? Se você gostasse um pouquinho de mim, não teria deixado. Porque? Seu insensível, bruto, estúpido, nojento, asqueroso, abominável, odioso, baixo, desprezível...
- ( Psiuuuuuuuuuu... Silencio!Ninguém responde.) Fuiiiiiiiiiiiiiiiiiii.

sábado, 8 de maio de 2010

O DIA DAS MÃES E AS FESTINHAS NA ESCOLA.

Quando ia se aproximando o mês de maio nas escolas - ou melhor - nos “Grupos Escolares” da década de 70, era sinal de que as “festinhas” em homenagem ao “Dia das mães” teriam que acontecer. Daí as professoras entravam em alvoroço total. O clima na escola era de festa, preparação e ensaios. A meninada se ouriçava... E o rebuliço era geral! Haja cartolinas coloridas para fazer os painéis e os cartazes; papel crepom na cor vermelho/carmim/paixão para fazer os coraçõezinhos, os frufrus e as coisas e tal; hidrocores; pincéis pilot; tintas; tesouras; colas e recortes de revistas. E sem falar nas lembrancinhas artesanais que eram feitas pelos próprios alunos: Flores de papel recortadas e pintadas com tinta guache, caixinhas trabalhadas, potinhos de barro pintados à mão, crucifixos e cinzeiros confeccionados com palitos de fósforos e/ou de picolés... E os brindes sorteados? Todos! Eram apetrechos para co-zi-nha: Panos de prato com estampas de flores, verduras, frutas e/ou com os dias da semana pintados com tintas acrilex para tecidos (rs!). E mais, colher de pau, conjuntinho para temperos, potinhos e produtos de plástico da marca "Flexa Carioca" (produtos da tapawere?! Nem pensar meu bem... Caríssimos!). Quando muito, sorteava-se uma caixa com cinco sabonetes Lux ou um "kit completo" Alma de Flores (sabonete, desodorante e talco). Não era o máximo tudo isso?
Geeeente! E no dia dos ensaios para a apresentação? Um inferno! Era tanta da criança amontoada num só lugar; atropelando-se umas com as outras que dava a impressão de ser uma pequena revolução infantil. Sério! Um motim de crianças desesperadas. Rebentos do antigo primário... Sabe como é, né? A maioria desorientada por vida e à mercê das expectativas “artístico/dramáticas” impostas e/ou sugeridas pelas tias professoras. Oh Deus! Coitadas dessas mestras do saber. Verdadeiras heroínas da boa vontade que davam o sangue para que tudo saísse a contento. Semanas de ensaio e muito “aperreio”... Ensaiavam exaustivamente as falas, os gestos e os passinhos. Treinavam as crianças num dia e quando chegava no outro... Santa paciência! Parecia que nada tinha sido ensaiado. Tudo e-s-q-u-e-c-i-d-o! As crianças de repente - do nada - ficavam mudas, duras e empancadas sem querer mais sair do lugar. E a letra da música que foi ensaiada durante horas a fio? Nossa! Criança nenhuma lembrava mais... E quando lembrava, cantava de trás pra frente. Tinha os meninos “vexados” que se adiantavam e misturavam os passos. Meninas amostradas roubando a fala das outras... E a partir daí vinham os choros, as manhas, os gritos, puxões de cabelo, confusões, brigas... Enfim, um delicioso “purgatório escolar” para nossas professoras.
Finalmente era chegado “O Grande Dia”... Ensaiadas, adestradas, domesticadas ou não, as crianças teriam que se apresentar de qualquer jeito. Nada tiraria o brilho da festa do “DIA DAS MÃES”. E tudo sempre ficava organizado no final. O pátio interno da escola ficava repleto de cartazes produzidos pelos alunos. Cada um com uma frase diferente enfatizando os atributos maternos. Na maioria deles reforçava-se a ideia de que a mãe seria para sempre “UMA ETERNA RAINHA DO LAR”.

Aqui pra nós, uma visão extremamente machista que limitava as mulheres apenas à condição de casa/sala/quarto e cozinha... Mas isto é uma outra estória. Estórias do século passado. Rs!
Bom, as mães dos alunos já chegavam emocionadas na festa, como também, “preparadíssimas” para chorar horrores. Não era novidade alguma para elas que a "emoção" iria tomar conta de tudo e reinar absoluta. Já sabiam! E para tanto, traziam consigo lencinhos dentro da bolsa. E enquanto a festa não começava, elas permaneciam sentadas escutando pelo sistema de som (a cada cinco minutos) a quarta música do lado B do “Long Play” de Agnaldo Timóteo, intitulada: “Mamãe estou tão Feliz”, de autoria do próprio. Eis a letra:

"Mamãe estou tão feliz./ Por que voltei pra você./Alguma coisa me diz./ Que hoje eu volto a viver./Penso feliz ao seu lado./Viver distante por que./Mamãe só pra você eu cantarei Agora./ Mamãe a solidão foi para sempre embora./Essas palavras de amor que./ Digo nesta canção./Creia mãezinha querida. /Nascem no meu coração./Mamãe a chama viva que me aquece é você./Toda minha vida./Eu só desejo ao seu lado viver./Sinto tremer sua mão./E a voz cansada falhar./Ao me fazer um carinho mamãe./Numa canção de ninar./ Sua cabeça esta branca./ Mais há luz em seu olhar./Mamãe só pra você eu cantarei. Agora./Mamãe a solidão foi para sempre embora./Essas palavras de amor que digo nesta canção./Creia mãezinha querida. /Nascem no meu coração./Mamãe a chama viva que me aquece é você./Toda minha vida./ Eu só desejo ao seu lado viver."
Sentiram o clima do local né? Impossível descartar a possibilidade de não chorar. Mas a festa só começava depois do discurso da diretora, da vice, da supervisora... E se deixassem, até a tia da cantina queria discursar também. Afinal de contas, era o dia delas. Dia de todas as mães do mundo. Depois dos discursos e antes das apresentações principais, eram eleitas as cinco melhores redações da escola. O tema da redação? Ora! Nem preciso dizer (rs!). Então, cada aluno ia lá à frente, lia nervosamente sua produção e depois corria para abraçar emocionado/a sua mamãe. Confesso: Por “duas” vezes estive neste lugar. Eu era metido mesmo! Fazer o que?
Mas a festa só estava começando. Logo após as redações premiadas, era a vez do coral formado por meninos e meninas da terceira série. Com direito a “passinhos” e gestos afetuosos. O “show” era o seguinte: Todos os alunos entravam com as mãos para trás (escondendo uma flor). Depois se posicionavam de frente para a plateia e começavam a cantar a música “Flor Mamãe”. E exatamente na hora em que se falasse a palavra “flor”, dar-se-ia um passinho para frente e - num gesto de mão “inesperado” (rs!) - seriam ofertadas as flores para as mães... E de forma alternada, entre um passinho e outro, a meninada ia se esgoelando a cantar:

“Andei por todos os jardins,/ procurando uma flor pra te ofertar. /Em lugar algum eu encontrei, /a flor perfeita pra te dar./ Ninguém sabia onde estava,/ esta flor, mimosa perfeição... /Ela se chama flor mamãe, /E que só nasce no jardim do coração. /Ennfeitaaaaaaaaaa nossos sonhos,/ peerfumaaaaaaaaaa nossa ilusão...”
Ao terminar a música, era mãe chorando pra tudo quanto era lado. E um verdadeiro festival de funga-funga tomava conta do recinto. E mais, tinha diretora que era perversa. Apelava mesmo! Massacrava as pobres mães. Normalmente colocava o aluno mais “entoadinho” da escola para cantar adivinhem o que? A música “Coração de Luto” de Teixeirinha. Pode? Essa era pra matar mesmo! E pra quem não se lembra dele, Teixeirinha era um cantor gaúcho que teve a mãe queimada no fogo. O cúmulo do sofrimento... A música era uma tristeza só, ei-la :

"O maior golpe do mundo/Que eu tive na minha vida/Foi quando com nove anos/Perdi minha mãe querida/Morreu queimada no fogo/Morte triste dolorida/Que fez a minha mãezinha/Dar o adeus da despedida/Vinha vindo da escola/Quando de longe avistei/O rancho que nós morava/Cheio de gente encontrei/Antes que alguém me dissesse/Eu logo imaginei/Que o caso era de morte/Da mãezinha que eu amei/Seguiu num carro de boi/Aquele preto caixão/Ao lado eu ia chorando/A triste separação/Ao chegar no campo santo/Foi maior a exclamação/Taparam com terra fria/Minha mãe do coração/Dali eu sai chorando/Por mãos de estranhos levado/Mas não levou nem dois meses/No mundo fui atirado/Com a morte da minha mãe/Fiquei desorientado/Com nove anos apenas/Por este mundo jogado/Passei fome passei frio/Por este mundo perdido/Quando mamãe era viva/Me disse filho querido/Pra não roubar, não matar/Não ferir, sem ser ferido/Descanse em paz minha mãe/Eu cumprirei seu pedido/O que me resta na mente/Minha mãezinha é teu vulto/Receba uma oração/Desse filho que é teu vulto/Que dentro do peito traz/O seu sentimento oculto/Desde nove anos tenho/O meu coração de luto.”
Depois de mais essa tortura... Um mar de lágrimas inundava o pátio interno do Grupo Escolar. “Tsunamisava” tuuuudo! Tinham mães que passavam mal de verdade. E que de tão nervosas e descontroladas, iam pra garapa (água com açúcar) ou para o k-suco mais doce que tivesse no momento (o mesmo que seria servido na hora do lanche junto com o bolo). Eu próprio já presenciei mães estéricas, urrando, chorando alto e sem controle algum... Vexame total! Mães que acabavam assustando as crianças de tão exageradas que eram. A emoção que tomava conta do momento era tanta, que se “COSTINHA” estivesse por lá e recitasse: “batatinha quando nasce, se esparrama pelo chão...” Elas iriam chorar e se emocionar do mesmo jeito... Ah! Essas nossas mães tão amadas e tão exageradas (rs!).
Havia dois momentos que jamais podiam faltar numa festa em homenagem ao “Dia das Mães”. Eram os momentos mais esperados durante as apresentações. Um, era o “DRAMINHA” meloso e triste que era encenado ali mesmo. Na maioria das vezes contava a história de duas meninas. Uma era “póbi, póbi, póbi de marré, marré, marre...” E sequer tinha uma “calunga” de plástico para brincar. No entanto, possuía uma mãe “viva” em casa. A outra menina era “rica, rica, rica de marré decê...” Tinha a coleção completa das bonecas Susi, mas a mãe tinha morrido. Lembro que era uma mistura de drama, cantiga de roda e lamentos infantis. Moral da estória: “Quem tem mãe possui o maior tesouro do mundo”. Isso é uma verdade.
O outro momento esperado pelas mães era a coreografia apresentada pelas meninas da quarta série. Elas vestiam saínhas (plissadas) azuis, combinando com os congas, também azuis. “Colant” branco e cabelos amarrados com marias-chiquinhas bem à cima da cabeça. A coreografia era simples e bem ensaiada. As mães ficavam admiradíssimas quando as filhas rodopiavam, rodopiavam e... De repente, PLAFT! Abriam uma "escaaaala" bem no meio do salão. Era de fazer inveja as "mulé" do circo... "Ohhhh!!! Tão novinhas e tão flexíveis". Eram aplaudidas de pé. E a música da coreografia - mais uma vez - era do “Rei das Mães”, Agnaldo Timóteo. E dizia assim:

“Mamãe, mamãe, mamãe /Tu és a razão dos meus dias /Tu és cheia de amor e esperança/ Mamãe, mamãe, mamãe /Eu cresci e o caminho perdi. /Volto a ti e me sinto criança /Mamãe, mamãe, mamãe /Eu te lembro de chinelo na mão /De avental todo sujo de ovo /Se eu pudesse/ Eu queria outra vez, mamãe./Começar, tudo tudo, de novo.”
Confesso que Agnaldo Timóteo - o tempo todo e todo o tempo – devia dar nos nervos de qualquer cristão. Minha mãe, que sempre trabalhou fora, não simpatizava muito com essa música e nem com a idéia de atrelar à imagem das mães a “um avental todo sujo de ovo...” Mas tinha mães que se viam tal qual a música. Sentiam-se “Rainhas do Lar” no sentido literal da palavra. Era uma questão de dom, uma dádiva de Deus ser apenas e tão somente, donas de casa... Atualmente as mães se transformaram, é verdade. Tiraram o avental e finalmente fugiram do “borralho”. E ao descobrirem o caminho da rua, passaram a enxergar que podiam ser independentes e provedoras também! Uma maravilha tudo isso, né não?
Mas meu bem... Nem tudo é passível de mudanças numa mãe. Tem uma coisa que em "mães" nunca se muda. Até mesmo o tempo reconhece sua insignificância... Falo do AMOR MATERNO! Esse é um dom de verdade, que resiste ao tempo e as mudanças. Portanto, O AMOR DE MÃE É ATEMPORAL ! Somente ele, O AMOR DE MÃE, atravessa gerações, gerações e gerações... Permanecendo i-m-u-t-á-v-e-l! E para as mães contemporâneas e antigas, jovens e senhoras, típicas e descoladas, agitadas e quietas, presentes e ausentes, intransigentes e frouxas, ciumentas, de todas as raças, cores e credos, fica a minha sincera homenagem. E que o Dia das Mães seja - SEMPRE - E que vá muito mais além do que o consumismo dessa data.
Dedico esta postagem especialmente a Minha Mãe, Minhas Irmãs, Minhas Tias e a Minha Amiga Lusa Vilar Piancó. Exemplos de mães que com certeza, foram muito mais além do que um simples avental sujo de ovo.