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terça-feira, 23 de outubro de 2012

BATMAN / BRUCE WAYNE - ADAM WEST - O HOMEM MORCEGO -

O Batman/Bruce Wayne do seriado de TV (1966 - 1968) foi interpretado pelo ator Adam West. Ele não era nada musculoso como se vê nas historias em quadrinhos e nos filmes atuais... Nosso herói era visivelmente fora de forma e passava longe do atual Batman da mega-trilogia de Christopher Nolan e Christian Bale.
Mas era o Batman que tínhamos naquela época... E qual a criança que nas décadas de 60 e 70 não se encantou com esse personagem? Quem nunca brincou de Batman no quintal de casa? Duvido!!! O mais incrível foi que este personagem da série - juntamente com o Robin - conseguiu permanecer intacto em nosso imaginário até os dias de hoje. Podem surgir os mais variados tipos e estilos de "Batmans" nos dias atuais, mas o Batman do seriado da década de 60 estará eternizado - para sempre - em nossa memória.
A história era praticamente a mesma, Bruce Wayne era um milionário que vive da fortuna herdada dos pais (assassinados por bandidos numa Rua de Gothan) e dos lucros obtidos pelas Empresas Wayne, uma grande empresa no ramo da tecnologia de ponta. Wayne também é conhecido por suas contribuições para caridade, especialmente através da Fundação Wayne, fundação dedicada a ajudar vítimas de crimes e prevenir que pessoas tornem-se criminosas.
Daí o milionário Bruce Wayne guarda seu segredo muito bem, e apenas "algumas" pessoas sabem que ele é o Batman (ou que o Batman é ele, se assim preferir). 
Bom, nosso herói era assim mesmo e pronto. Meio barrigudinho, apertado naquele colante cinza, disfarçando os pneuzinhos com um cinto amarelo-canário e um cuecão de couro beirando o umbigo. Sem falar na máscara com as sobrancelhas delineadíssimas... Independente de tudo isso, era o nosso Batman.  
O Batman do seriado era muito correto. Ele não fumava, não bebia, não ultrapassava sinal fechado, não deixava lixo na rua e chegava até a pedir desculpas ao guarda quando estacionava em algum lugar inconveniente... Tudo dentro da lei.
Mas, pensando bem, a vida de um super herói não é nada fácil, pois além de ter que ser politicamente correto, não ganhar absolutamente nada por seus atos benevolentes, ainda tem que correr risco de vida. “Santa resignação, Batman!”
O que eu gostava no Batman do seriado era que ele era meio canastrão e todo "malamanhado". As cenas de luta (na época) me convenciam completamente... Eu juro que acreditava naqueles socos e pontapés devidamente ensaiadinhos. Jarros na cabeça, murros no estômago, cadeirada nas costas... Sem falar na sonoplastia legendada com Pows! Pofs! Craws! Eu vibrava com tudo. E o que é pior, tentava imitar o Batman o tempo todo. 
O lado engraçado do personagem me divertia muito... Principalmente quando ele usava os "battrecos" e as geringonças mega /ultra/ modernas para época. 
O Batman de Adam West era intencionalmente cômico, alegre, colorido... Tinha sol e não aquele ar sombrio dos filmes atuais.  
No entanto... Faltava-lhe sorte com as mulheres. Ao longo das três temporadas Batman não pegou ninguém.   Só pegava bandido e prendia. Há quem diga que ele pegava o Menino Prodígio... Não acredito!
Sim, e o lado sensível do Batman? No seriado ele chorava também. Quem foi que disse que o Batman não chora?
O nosso herói ficava todo errado quando o assunto era mulher... "Santa timidez, Batman!"
O ator Adam West está hoje com 84 anos e ainda marca presença nos eventos alusivos à serie. Quero deixar aqui meu agradecimento ao Batman do Adam West por ter promovido um  passado ainda tão presente em mim.

ROBIN / DICK GRAYSON - BURT WARD - O MENINO PRODÍGIO -

No seriado Batman, Robin (interpretado por Burt Ward) era também Dick Grayson, um jovem que fora adotado pelo milionário Bruce Wayne, que o abrigou e o transformou em seu companheiro na luta contra o crime.
Robin era um jovem que possuía habilidades de atleta. Tinha capacidade investigativa para resolver os maiores mistérios propostos pelos vilões do seriado. Tudo isso com a ajuda do Batman, lógico!
Burt Ward tinha 19 anos quando foi escalado para o papel do Menino Prodígio. Na época ele trabalhava numa imobiliária e não tinha experiência alguma com câmeras de televisão. 
Ele se tornou popularmente conhecido como o menino prodígio, mas o que ele fazia melhor era envolver-se nas enrascadas juntamente com o Batman. E mais... Era um exímio decifrador de charadas.
Robin - nosso menino prodígio - se tornou alvo de comentários maldosos, uma vez que ao longo do seriado apareceram boatos de que ele e Batman não eram somente bons amigos. Mas sim, um lindo casal vivendo sobre o mesmo teto. E o que é pior, trancados  no armário. 
Até que tentaram desmistificar esses boatos, mas foi em vão. Nem a tia Harriet morando com eles, nem a entrada da batgirl no seriado funcionaram a contento. A própria Mulher Gato era vista como um entrave na relação dos dois... “Santa Maldade, Batman!!”.
O Robin também era visto como um super herói politicamente correto, cheios de virtudes e de condutas morais impecáveis. Um "santinho" que na maioria das vezes, aqui pra nós... Se tornava um tremendo de um chato!
Chamava-me a atenção o festival de piruetas e caras e bocas que o Robin nos ofertava... “Santa macaquice, Batman”!
Robin ao lado do Batman no Batmóvel...
Robin, o menino prodígio, falava uma série de bordões que viria a se tornar sua marca registrada. Como por exemplo: “Santa Encrenca, Batman!”. E bordões como esse foram se multiplicando nas mais diversas variações. Segundo alguns autores, os bordões do Robin somam um quantitativo de 347 variações. E quem acompanhou o seriado há de lembrar nem que seja de um... “Santa Lembrança, Batman!”. 
Dick Grayson era um garoto que cursava a universidade de Gothan City.
Nosso herói não era necessariamente um "pegador"... Mas, ao contrario do Batman, se lançava em direção ao sexo oposto.
Robin sendo fisgado pela Pussycat... Aliada da Mulher Gato. "Santa Pegada, Robin!"
O ator Burt Ward está hoje com 67 anos e ainda se vale de seu personagem  para comparecer aos eventos referentes a série da década de 60.  

A BATGRIL / BÁRBARA GORDON - YVONNE CRAIG

A Batgirl, ou Batmoça para alguns, foi interpretada pela bela atriz Yvonne Craig. A nossa heroína de corpo escultural era nada mais nada menos que: A filha do Comissário Gordon. Uma pacata bibliotecária de nome Bárbara Gordon.
Sua dupla personalidade era segredo absoluto. Nem Batman, nem Robin e muito menos seu pai, sabiam desse mistério. Só mesmo o mordomo da mansão Wayne, o fidelíssimo Alfred, sabia de sua identidade secreta.
A Batgirl surgiu na terceira temporada da série. Uma forma de alavancar a audiência do seriado que estava em baixa. Mesmo com todo o charme da nossa heroína, a terceira temporada da série não decolou.
Bárbara Gordon trabalhava na biblioteca de Gotham City e morava num pequeno apartamento no centro da cidade. Esse local também lhe servia de esconderijo secreto. Por trás de uma penteadeira afixada a uma parede, estavam escondidos seus apetrechos para se transformar em Batgirl. 
A Batgirl com suas curvas perfeitas "encantou" o imaginário de muitos meninos da época... Santa donzelice né? Batman!!!
Ela pilotava divinamente uma moto roxa e cheia de babados pelas ruas de Gotham City. As meninas da época só queriam ser ela... A Batgirl !!!
Bárbara Gordon/Batgirl deu as caras no episódio: "Enter Batgirl, Exit Penguin" (exibido pela primeira vez em 14 de setembro de 1967). Nesse episódio o pinguim planejava se casar com ela - a filha do comissário de polícia - e com isso, ganhar imunidade perante a lei. Santa inocência pinguim!!!
No ano de 1967, um episódio piloto foi feito para uma nova série protagonizada pela atriz Yvonne Craig, cujo nome também seria denominado de “Batgirl”. No roteiro do projeto, Batman, Robin e Batgirl lutariam contra um vilão chamado The Killer Moth que foi interpretado por Tim Herbert e seus capangas na Biblioteca de Gotham City. Mas como o seriado Batman já ia mal das pernas, todos os planos conseguidos para que Yvonne Craig (Batgirl) tivesse sua própria série, também dançaram.
Dizem as más línguas que nossa heroína entrou na série – também – para aplacar os “batboatos” de que a dupla dinâmica era “algo mais” do que simples defensores da cidade de Gothan. Será? Hummmmm.
Batman e Batgirl.
Batgirl e o menino prodígio
A Batgirl - a meu ver - conseguiu neste seriado transformar a dupla dinâmica em um trio super/mega eficaz no combate ao crime.
A Batgirl não possuía as habilidades técnicas de um exímio lutador de karatê... Mas tinha um jogo de pernas que ai meu Deus!!!
Assim que surgiu na terceira temporada da série, Batgirl passou a fazer parte de um trio de heróis versus os vilões do seriado. Daí uma nova alteração nos créditos da abertura foi feita, contendo o nome de Yvonne Craig e mostrando a Batgirl em sua motocicleta roxa e emperiquitada. Lembram disso?
Créditos na abertura da série.
Abertura
Abertura
Abertura
Abertura
Abertura
Abertura
A Batgirl do seriado, tanto quanto o Batman e Robin, adotaram uma postura do politicamente correto. Eram todos tão certinhos... Bah!
A atriz Yvonne Craig está hoje com 75 anos e já não atua mais... Ela sempre será a nossa eterna Batgirl!