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sábado, 12 de novembro de 2011

A NESTLÉ TEM MAIS DE 100 ANOS! E NÓS, COMO FICAMOS?


Ultimamente entro num supermercado e me sinto apoquentado. Verdade! Fico jururu, macambúzio e “meio” que triste. Isso mesmo, triste! Incomodado de olhar para as prateleiras e ver que as marcas e os produtos não envelhecem nunca. Sério! Existem produtos “centenários” que continuam lindos, gostosos e super-mega necessários para milhões de pessoas. Parecem que se renovam junto com o tempo, pois entra década e sai década e eles continuam lá nas prateleiras, como se tivessem nascidos ontem. Definitivamente! Na outra vida quero reencarnar numa lata de Leite Moça da Nestlé. Pronto! Falei...

Antes de tudo tenho que avisar: Este post NÃO é publicitário. É que gosto de resgatar produtos e marcas que fizeram (e ainda fazem!) parte das nossas vidas...  Entenderam né? Não existem ganhos. Ganhos aqui só os afetivos e memoriais.

E por falar em Nestlé!!! Estava eu folheando minhas revistas de “tempos dantanho” quando percebi que - na maioria das páginas - a Nestlé e suas antigas propagandas eram figuras constantes. E o mais incrível, muitos “daqueles” produtos das décadas de 40, 50,60 e 70, ainda estão por aí, espalhados nas prateleiras dos supermercados e nas campanhas publicitárias do mundo inteiro...

Incrível mesmo! Os produtos Nestlé foram chegando, chegando e de repente... Invadiram nossas casas, nossas cozinhas e passaram a fazer parte da família.  Eu até hoje - com quarenta anos e lá vai bolinhas - tomo café da manhã com uma lata de Farinha Láctea do lado.  Sou viciado em mingaus e papas de Farinha Láctea. Pudera!!! Faço parte de uma geração cujas mães adoravam ver os filhos redondos e abaloados. O bebê ter mil e uma dobrinhas do pescocinho pra baixo, era tudo que há. O mais importante naquela época não era comer bem... E sim, comer muito! Era preciso ter “sustança”. Ainda lembro da minha avó materna falando: “Menino magro que não come... Não se cria! E o que é pior, nem pro céu vai”. Pronto! Tendeu, né?... E, lógico! Para não morrer um “erê” e ir direto para o inferno, o melhor negócio era comer mesmo.  E como eu comia...

A FARINHA LÁCTEA NESTLÉ CONTINUA FAZENDO HISTÓRIA...

O surgimento da Farinha Láctea Nestlé se confunde com a própria História da Nestlé... Sabiam? Pois é!!! Escutei falar que o maior desejo do finado HENRI NESTLÉ - o pai da NESTLÉ, lógico!  - era resolver o problema da desnutrição infantil no mundo. Que “ambição” mais linda, né? Devia ser uma pessoa abnegada, caritativa e filantrópica. Eu creio nisso... Juro que sim! Pois dizem que ele investiu todos os seus parcos recursos - de farmacêutico - na formulação de uma farinha especial para alimentar as criancinhas... E num é que o danado do alemão conseguiu!


Pois no ano de 1866 a tal Farinha “veio ao mundo”... E passou a se chamar: Farinha Láctea Nestlé. Ela ficou tão famosa que despertou o interesse de médicos e nutricionistas. O tal produto à base de leite e farinha de cereais fez tanto sucesso que entrou em produção industrial “já” em 1867, com a fundação da Sociedade Henri Nestlé na pequena cidade suíça de Vevey. Isso é o que eu chamo de responsabilidade social e protagonismo financeiro. Salve, salve senhor Henri Nestlé.

A marca suíça Nestlé começou sua história no Brasil - em 1876 - quando iniciou a importação da Farinha Láctea Nestlé, ou seja, nove anos após seu lançamento na Europa.
Anúncio publicitário da década de 30.

Mas foi somente em 1921 que a NESTLÉ inaugurou sua primeira fábrica no país, localizada no interior de São Paulo na cidade de Araras. A partir de então é que foram sendo produzidos, lançados e comercializados os produtos aqui mesmo no nosso país.
Anúncio publicitário da década de 30.
Para consolidar a marca Nestlé e dar um toque bem familiar ao novo negócio, o astuto Henri Nestlé utilizou-se de uma importante “insígnia” presente no brasão de sua família: Um pequeno ninho... Algo bem maternal que insinua cuidado, carinho, natureza e nutrição. E sem falar que o nome Nestlé em alemão significa: Pequeno ninho !!!  Simples assim...
A Nestlé distribuiu gratuitamente - na década de 30 - folhetos como esse... Salientando a qualidade de seu maior produto na época: A Farinha Láctea Nestlé.
Como todo bom produto que se preze, a Nestlé também lançou seu “almanach”. Pois era bastante comum - na época - as grandes marcas e seus produtos lançarem os seus almanaques... No mesmo estilo dos velhos e tradicionais almanaques de Pharmácia. 
"Almanach" Nestlé de 1938.
Os almanaques - na época - funcionavam como serviço de atendimento aos consumidores e aos profissionais da área. Bem como, divulgação de receitas, jogos , passatempos e curiosidades...
"Almanach" Nestlé do ano de 1939.
Entre os anos de 1940 e 1950 a Nestlé lançou folhetos Para as Mães, contendo orientações sobre higiene e alimentação da criança, desde seu nascimento.
Almanaque Nestlé do ano de 1953.
Pequeno Manual da futura Dona de Casa lançado pela Nestlé.
Anúncio da década de 40.
Todas as noites antes de dormirmos, minha mãe e/ou minha tia, preparavam um mingau para nós.  Era um momento "saborosíssimo" que havia se tornado tradição: Antes de dormir se tomava um copo de leite ou comia-se um prato de mingau. Até hoje sinto o cheirinho daquele mingau de Farinha Láctea. Saudades de mim...
Era uma lata como essa, assim mesmo. Com essa embalagem na cor amarela... Década de 70!!! Nossa, uma latinha como essa não podia faltar lá em casa. Parece até que "morava" conosco de tanto que se fazia presente na mesa.  Engraçado! Estas imagens resgatam um gosto específico da Farinha Láctea daquela época... Hoje não mais.
Quanta saudade... E quanto apetite eu tinha!
Anúncio da década de 60.
Anúncio da década de 60.
Anúncio da década de 70.
Evolução das embalagens da Farinha Láctea Nestlé.



EU CONTINUO "FAZENDO" MARAVILHAS COM LEITE MOÇA!!!

Se existe um produto que parece eterno para todos os séculos e séculos amém... É o Leite Moça Nestlé. Geeeente! Todas as vezes que esbarro numa Lata de Leite Moça tenho a impressão que a danada sempre existiu.

O Leite Condensado - na verdade - é um produto de origem francesa, patenteada por americanos e expandida para outros países através da marca suíça Nestlé. 
Ele foi criado primeiramente para ser uma bebida de fácil armazenamento em tempos de crise e de guerras. Do tipo: “Algo prático que dissolvido em água, vire leite”... Simples assim! Então... Com a guerra civil americana (iniciada em 1861) o leite condensado atingiu um enorme sucesso. E a partir de 1880, timidamente, foi ganhando o mundo...
A marca começou a despontar no Brasil em 1890 com o nome esquisito de Milkmaid. 
Mesmo sendo um produto importado (...e bastante caro!), o futuro “Leite Moça” caiu no gosto dos brasileiros. Durante anos os carregamentos vindos da Suíça eram aguardados com grande aflição salivar. E quando a famosa latinha era exibida nas “casas de importados”... Nossa!!! Era um alvoroço total. Todos e todas queriam a ilustre latinha que tinha uma moça estampada no rótulo. E não deu outra... O brasileiro - achando esquisito o nome Milkmaid - transformou a mocinha da lata em marca e passou a pedir: “aquela lata que tem a moça na frente”. E assim ficou conhecida como o Leite da Moça, depois como o Leite Condensado Marca MOÇA® e finalmente, O Leite MOÇA®.

A famosa camponesa que deu origem ao nome da marca no Brasil.
Anúncio da década de 30.
Anúncio da década de 40.
Anúncio da década de 40.
O LEITE MOÇA® apareceu como o principal produto em um dos mais antigos livros de receitas publicados pela NESTLÉ® no Brasil. 1944
Anúncio da década de 50.
Anúncio da década de 50.
Esta lata da década de 70 esteve presente durante toda minha infância.
Em 1962, o rótulo trazia suas primeiras receitas: pudim, doce de leite e sorvete de Leite moça. 
Anúncio da década de 80.
A evolução das embalagens do Leite Moça Nestlé ao longo dos anos...



Atualmente se tem leite moça diet, em caixinha, em tubos, em diversos  sabores e até o mocinha, entre outros...
A Nestlé relançou em 2009/2010 essas latinhas com os rótulos antigos. Tudo isso em comemoração aos mais de 100 anos da Nestlé.