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sábado, 21 de setembro de 2013

MUKI - GOSTOSO FEITO SORVETE! - VOCÊ JÁ EXPERIMENTOU ALGUMA VEZ?

Muki era um achocolatado fabricado pela Kibon nos anos 70.  Eu confesso que fui um consumidor e tanto do Muki. Uma vez que toda tarde era a mesma coisa... Só assistiríamos TV após tomar um copo cheinho de Muki. E eu e meu irmão adorávamos esse “sacrifício”. Ainda sinto o gosto dele... Tinha nos sabores de Chocolate e de Morango. Saudades do Muki daquela época!
O Muki sempre vinha acompanhado de um brinde. Eu lembro que ao juntarmos duas tampinhas de Muki fazíamos ioiô! Na última capa dos gibis sempre tinha uma propaganda do Muki. Eu adorava!
O grande segredo do sucesso do Muki estava nas propagandas que vinham estampadas na ultima capa dos gibis.  Quem naquela época não se deixou seduzir pelas propagandas de Gibi.
Essa foi mais uma das promoções que o Muki estampou na contra capa dos gibis da Ed. Abril e Rio Gráfica... Eu particularmente adorava essas propagandas. E como sempre comprava Gibis para minha coleção, ia me deixando seduzir por elas. E numa dessas, eu me lembro bem...O Muki dizia dar brindes de decalques coloridos. "Muki Toons"
O achocolatado Muki esta no mercado até os dias de hoje, mas não tem mais vínculo com a marca Kibon. Acredito que outra empresa assumiu a marca... Eu tenho saudades daquele Muki dos anos 70. 

BONECAS DE PAPEL PARA VESTIR - PAPER DOLLS - QUEM JÁ BRINCOU COM ELAS?

Quem brincou com bonecas de papel em sua infância certamente nunca se esqueceu! As bonequinhas eram todas desenhadas, vestindo apenas roupa básica. As roupas e acessórios vinham em separado, com abas sobre os ombros e outros pontos do corpo para serem dobradas sobre o corpo da boneca, como forma de sustentação. As bonecas traziam (e certamente ainda trazem!) em geral um conjunto de roupas, podendo ser trocadas e alternadas, entre saias, calças, blusas, sapatos, chapéus, bolsas, vestidos de baile, época... Enfim! Um exagero rumo à imaginação daqueles/as que amam as Bonecas de Papel.
As bonequinhas de papel com suas roupinhas - recortáveis e montáveis - como hoje as conhecemos, começaram a ser difundidas na Europa há muito tempo atrás. Lá pelo final dos idos de 1700, onde as primeiras bonecas de papel - verdadeiras - foram confeccionadas nos grandes centros urbanos de Viena, Berlim, Londres e Paris. Eram figuras pintadas a mão e trajes criados para o divertimento de adultos ricos. Alguns acreditam que tenham sido feitos por uma costureira para mostrar formas reais, ou podem ter sido feitos como sátiras sociopolíticas das figuras populares da época. 
No ano de 1791, uma propaganda de Londres anunciou uma nova invenção, então chamada a boneca inglesa. Era uma figura de uma jovem, com oito polegadas de altura, com um guarda-roupa completo de roupa íntima, acessórios para cabelos e seis conjuntos de roupa completos. Bonecas semelhantes a esta foram vendidas também na Alemanha. As bonecas de papel só passaram a ser produzas em larga escala e para as camadas mais populares no início do século XX.
Nos anos 1900 houve uma febre das bonecas de papel nos muitos setores voltados para a mulher e a criança, como revistas femininas e infantis. Elas passaram a aparecer também nos cadernos femininos e infantis de diversos jornais e outras publicações. Muitos artistas dedicaram-se anos a fio à criação e publicação das bonecas. 
A era de ouro das bonecas de papel ocorreu entre as décadas 1930 e 1950, quando sua popularidade atingiu índices nunca superados. Mesmo durante a Segunda Guerra Mundial elas continuaram sendo fabricadas, apesar da escassez de papel.
A primeira boneca comercial foi fabricada em Londres (1810) por S&J Fuller, e chamava-se Little Fanny. E a primeira boneca de papel produzida na América foi na cidade de Boston (1812) por J. Belcher. Nos anos 1820, conjuntos de bonecas eram produzidos na Europa e exportados para crianças de famílias abastadas em outras partes do mundo. A primeira boneca de papel retratando uma pessoa famosa foi da bailarina Marie Taglioni, nos anos 1830 e nos anos 1840 foi publicada outro conjunto retratando desta vez a bailarina Fanny Elssler. E nesta mesma década foi publicada a boneca da Rainha Vitória. Atualmente estas bonecas são consideradas valiosas raridades.
Não sabemos ao certo quando as bonecas de papel aportaram aqui no Brasil. Acredita-se que na década de 30 elas vinham de Paris e eram vendidas em lojas de brinquedos.
Anos 40.
Anos 40.
Anos 50.
Numa época onde as Barbies eram um luxo ao alcance de quase ninguém, poucas coisas deviam ser mais divertidas para as meninas, moças ou donas de casa quanto vestirem suas bonecas de papel. 
Alguns estudiosos da história das bonecas de papel atribuem ao surgimento da Barbie como causa do declínio na popularidade das bonecas de papel na década de 1960. Será?  Contudo na década de 1990, a Barbie foi uma das bonecas de papel mais populares entre crianças e colecionadores. Sem falar que as versões da Barbie em papel e de sua irmã, Skipper, foram amplamente comercializadas nos anos 1970 para suplementar suas parceiras tridimensionais. O namorado Ken também foi vendido no formato de papel. Não vamos culpar a coitadinha da Barbie, tem espaço para todo tipo de boneca, né mesmo?
Anos 60.
Anos 60.
Anos 60/70.
Anos 60/70.
Anos 60.
Anos 60.
Anos 60.
Até no Japão elas fizeram sucesso com as bonequinhas vestidas de gueixas.  
O que eu acho bom nesse universo das bonecas de papel é que elas são um estímulo à imaginação da criança, tal quais as ilustrações dos livros, estimulando-a sem dar todas as respostas, cabendo à criança completar a criação com seu imaginário próprio.
Estas bonequinhas de papel (conhecidas como cabeçudas) eram comuns na década de 70.
Bonequinhas de papel da Sarah Kay... Outra febre nas décadas de 70/80.
As celebridades e as estrelas de cinema eram muito populares e retratá-las era muito simples nos anos 30, 40 e 50, quando não haviam sido regularizados os direitos de reprodução. 
As estrelas de cinema e suas imagens eram geralmente propriedade dos estúdios, e elas mesmas nunca viram a renda de sua venda como bonecas de papel. Com as imagens de celebridades protegidas hoje pelas leis, um editor deve pagar horrores pelos direitos de reproduzir nossas estrelas favoritas no formato de bonecas de papel.
Imaginem poder construir todo um “star system” somente com divas de Hollywood, todas em papel Kraft. De um lado, as Divas, Marilyn Monroe, Elizabeth Taylor, Grace Kelly... Todas de roupas íntimas à moda da época e, na página ao lado, um guarda-roupa completo com pequenas abas para dobrar e prender. Um luxo, não.
Fala-se até de uma "época de ouro" das bonecas de papel. Teria começado no final dos anos 30 e se estenderia até os anos do pós-Segunda Guerra; eram muitíssimo populares porque o papel tornara-se um produto acessível, bem mais barato que nos anos anteriores e o estrondoso sucesso em todas as casas, como já foi dito a cima, eram as bonecas de celebridades, principalmente das estrelas do cinema. Como essa abaixo: Nossa querida Audrey Hepburn.
Audrey Hepburn
Elvis Presley
Marilyn Monroe
Lauren Bacall
As roupas da Lauren.
Grace Kelly
Grace Kelly
Barbie e o Ken
Vestir o Presidente dos EUA e a Primeira Dama é coisa para poucos. Só mesmo em Paper Dolls... RS!
Jackie e John Kennedy
Gwyneth Paltrow
Nicolle Kidman
Atualmente, o formato das bonecas de papel é usado em diversas formas de arte e diversão. As bonecas e bonecos de papel vêm ganhando espaço entre as crianças, nos dias atuais, na forma de personagens já conhecidos e de pessoas famosas. Elas também já encontraram seu espaço na Internet e no formato digital.
Imaginem você continuar vestindo a realeza britânica, primeiro foi a Rainha Victória e agora William e Kate. E o bom de hoje em dia, com os recursos da internet, a brincadeira ficou melhor ainda, pois podemos imprimir, cortar e brincar à vontade. E se rasgar, é só imprimir de novo. Simples assim... kkkkk!

sábado, 7 de setembro de 2013

BIOTONICO FONTOURA - BÊ, Á, BÁ. BÊ, E, BÉ. BÊ, I, BI...OTONICO FONTOURAAA!!

O Biotonico Fontoura - juntamente com o Emulsão de Scott, o Calcigenol, o Leite de Magnésia Philips e o Bromil - é o tipo do remédio que ao passar por nossas vidas deixa um gosto amargo ou um gosto de quero mais... Nossa memória afetivo/gustativa tanto registra na nossa "cachola" quanto facilita o resgate desse tipo experiência. Eu particularmente adorava o Biotonico Fontoura e odiava o Calcigenol, o Leite de Magnésia Philips e o Emulsão de Scott.  Querendo ou não, esses fortificantes fazem parte da minha (da nossa!) infância. 
Hoje eu até entendo porque o Biotonico Fontoura era o meu preferido. Ele era o inverso dos demais... Enquanto o Emulsão tinha um desprezível gosto de óleo de fígado de bacalhau, o Calcigenol e o Leite de Magnésia Philips tinham gosto de barro, o Biotonico Fontoura tinha gosto de cachaça adocicada, aguardente, pinga. Sim, o Biotonico, assim como o Sadol, entre outros xaropes da época, tinha álcool em sua composição. A fórmula original do Biotonico Fontoura continha 19,5% de álcool etílico; em 2001 a Anvisa proibiu álcool em formulações destinadas às crianças, nesta época o produto continha 9,5% de álcool etílico. Hoje o Biotonico contém em sua composição apenas “sulfato ferroso, acido fosfórico, extratos de plantas tônicas, aromáticas e eupepticas” (tá no site, tá!). Eu como sempre fui fraco pra bebidas, certamente ficava meio “bebim” e comia tudo que minha mãe colocava no prato na expectativa de beber mais Biotonico Fontoura no outro dia... Sério mesmo! Eu achava uma delícia. Aquele gostinho que ficava na boca... hummm!  Não queria nem saber se continha ferro e sei lá mais o que, eu só sei que eu tomava uma colher de sopa bem cheia antes das refeições e, às vezes, muitos goles escondido. Se algumas ex-criancinhas “sem noção” que conheço hoje, naquela época, tivessem descoberto o porquê daquele gostinho... Imaginem!!!! Com duas pedrinhas de gelo e umas folhinhas de hortelã fariam a festa... KKKKKKKKKKKK. Quem vê? Diz que bebo, né?
Contam os mais entendidos no assunto que Cândido Fontoura, em 1910, fundou em São Paulo uma fábrica para a produção de um fortificante que ele já havia criado para poder tratar de sua digníssima esposa, que então se encontrava doente... Daí ele pretendia fabricar um fortificante de ótima qualidade para concorrer com o Emulsão de Scott e com o Elixir Nogueira, que eram os medicamentos “bambambans” do momento. 
E num é que o danado do Fontoura conseguiu... O Biotonico fez e continua fazendo sucesso até hoje.  É um fortificante e antianêmico que contém na sua fórmula atual: sulfato ferroso e ácido fosfórico. E dizem... Nada mais de álcool.
Dizem ainda que o nome Biotonico Fontoura foi dado por Monteiro Lobato, pai do "Visconde de Sabugosa" e amigo particular do então farmacêutico Fontoura.
É que ambos trabalhavam no mesmo jornal - O Estado de S. Paulo - e Monteiro Lobato sentia-se muito fatigado, cansado e exausto com "As Travessuras da Emília..." Foi quando Fontoura indicou o medicamento ao amigo e este logo se sentiu mais animado para escrever as "Reinações de Narizinho..." RS!
Meu tio, na época, costumava tomar o Biotonico Fontoura batido com 02 ovos de pata e creme de leite. Ela ia bebendo um ou dois cálices diariamente para ter mais robustez. Aqui pra nós, eu acho que ele exagerava nas doses devido ao álcool contido na sua fórmula. Vai saber...
Propaganda da década de 40.
Durante muito tempo, o Biotonico Fontoura, recomendado para o tratamento da anemia verminótica, foi um remédio super mega popular. Primeiro, porque era eficaz mesmo. E segundo, porque foi promovido aos quatro cantos do país por nada mais nada menos que Monteiro Lobato. O personagem que ele criou para isso, Jeca Tatu – uma espécie de Macunaíma ao contrário, um caboclo exaurido pela doença –, tornou-se imensamente popular. Jeca Tatu era um símbolo do Brasil – de um Brasil pobre, do Brasil doente. E esse Brasil pobre, esse Brasil doente via no Biotonico Fontoura a cura para seus males.
“Biotonico Fontoura dá fome de leão”, dizia mais uma de tantas campanhas publicitárias do fortificante produzido à base de sulfato ferroso, ácido fosfórico e extrato vegetais.
O Biotonico Fontoura foi usado por décadas com a finalidade de melhorar ou aumentar o apetite das crianças.
Biotonico Fontoura! Bom para toda a família...
Biotonico Fontoura! Bom para todas as idades...
Diziam também na época, que o principal produto do Laboratório Fontoura, o Biotonico, lógico! Passou a fazer parte do imaginário popular, com fatos como a incrível exportação do então “ex-remédio” popular brasileiro para os Estados Unidos da America em pleno anos 20, período que a Lei Seca imperava por lá. E como tudo era proibido – a fabricação e a comercialização de bebidas alcoólicas - o Biotonico Fontoura exportado teria feito muito sucesso na terra do Tio Sam. É que o tônico com seu teor de álcool, quando um pouco gelado, podia passar por um agradável vinho do Porto. Simples assim... É o que diziam!
Propaganda anos 30.
Propaganda anos 40.
Propaganda anos 40.
E os Almanaques de Farmácia?  O Biotonico Fontoura não podia ficar fora dessa. Também lançou o seu: Almanaque do Biotonico. O almanaque divulgava o laboratório e pregava uma campanha contra a ancilostomose através do personagem Jeca Tatu.
Almanaque nos anos 50.
Almanaque nos anos 60. Quando fez cinquenta anos...
Quem se lembra do slogan do produto...  “É Ferro para o sangue e fósforo para os músculos e nervos” e seu Jingle dizia mais ou menos assim: Bê, á, bá. Bê, e, bé. Bê, i, Bi...otonico Fontouraaaaaaaa! Saudades de quando eu entoava esse Jingle.
Pelé foi um garoto propaganda do medicamento.
Olhai o Pelé tomando sua "lapadinha" diária de Biotonico.
Propaganda dos anos 60.
No ano de 2010 o Biotonico Fontoura completou 100 anos e entrou para a lista dos medicamentos mais antigos – ainda - em circulação no Brasil.
E não foi só o Pelé que foi garoto propaganda do remédio não, a Xuxa também!
O Biotonico continua na prateleira da história, junto com tantos outros medicamentos, que como ele , se tornou centenário e que hoje olha saudoso para o país que um dia tanto o reverenciou.