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terça-feira, 31 de agosto de 2010

ASSEGURE SEU FUTURO !!! ESTUDE NO IUB - INSTITUTO UNIVERSAL BRASILEIRO -

Quero acreditar que a maioria de vocês, algum dia, já se deparou com um encarte do Instituto Universal Brasileiro. Eu quando criança, sempre que comprava um gibi, fosse da editora Abril/ Vecchi/ Ebal/ RGE e etc... Lá estava o tal encarte dizendo: “Assegure o seu Futuro! Estude por correspondência no Instituto Universal Brasileiro”. E eu achava o máximo essa estória de estudar por correspondência. E de acordo com meus “miolos” de criança atropelada das idéias, estudar no IUB era tudo que havia de mais moderno. Principalmente por se tratar de um Instituto que falava de algo assim... Como direi: Tão Universal, tão Brasileiro, tão abrangente... E tão presente em TODOS os meus gibis. E eu juro, fiquei muitas vezes “angustiado” pensando que o meu futuro só estaria garantido através dos cursos do IUB. Verdade! Eu ficava super preocupado cada vez que abria as páginas dos meus gibis e a propaganda era sempre a mesma: “Assegure o seu Futuro...” Isso era um tormento dentro da minha cabeça. E querem saber o porquê desse tormento todo? E o que tinha a ver minha “angustia” com o IUB? Ora! Tinha tudo a ver... Eu era um garoto que aspirava ser um astronauta da NASA para fazer pesquisas nas crateras lunares e infelizmente, o Instituto Universal Brasileiro só oferecia cursos de torneiro mecânico, corte e costura, mecânica e elétrica de automóveis, rádio, televisão, eletricidade e tantos outros. Menos, o meu curso de astronauta. Somente depois é que vim entender que a proposta do IUB era o de aperfeiçoamento técnico com bases profissionalizantes. Atualmente eu não moro na lua e morro de medo de choque elétrico.
O Instituto Universal Brasileiro foi fundado em 1941 e é um dos pioneiros no ensino à distancia no Brasil. Com o passar do tempo, veio a se tornar a maior escola do gênero no país. Já formou milhares de alunos nos Cursos Profissionalizantes, Supletivo e Cursos Técnicos. Ele faz parte da primeira geração de ensino à distancia (o ensino por correspondência ) caracterizado pelo material impresso e distribuído por meio de empresas de correio, modalidade na qual ele é destaque no Brasil. Atualmente o ensino à distancia envolve toda uma tecnologia via internet. É praticamente tudo on-line e com altos recursos de multimídia.
O Instituto Universal Brasileiro há quase 70 anos, vem desempenhando (ainda) um papel relevante no método de ensino à distancia. Pois em nosso país existem pessoas que, por vários motivos, não podem freqüentar as escolas regulares e nenhum  curso profissionalizante.
Propagandas como esta sempre afirmavam que: “Estude nas horas de folga. E logo aprenderá a montar e consertar rádios, televisores, transistores, toca-discos, radiolas, três em um e etc. Vossa senhoria poderá GANHAR MUITO DINHEIRO com trabalhos fáceis e muito procurados.” Eu mesmo conheci muita gente em minha cidade que sustentou famílias inteiras após terminar os cursos da IUB.
O que eu achava engraçado eram os depoimentos com as fotos estampadas nos encartes do IUB... Tipo: Onezindo C. dos Santos, Tupã – MG. Ganhava o salário mínimo e hoje tem oficina de rádio e Tv e uma perua KOMBI. Chega a ganhar até Cr$: 600,00 por mês; José Lopes de Freitas, Furnas – MG. Diz que graças ao curso de Rádio e Tv, chega a ganhar Cr$ 100,00 por mês. O máximo não?
Existiam cursos específicos para mulheres como: Corte e costura (o mais procurado), bordado, tricô, crochê, secretária particular entre outros. O curso de corte e costura promoveu a independência financeira de muitas mulheres na época. O kit do curso vinha completo, com moldes, fita métrica, tesouras, papel de seda e manilha, régua, carretilha, figurinos para adultos e crianças e até carteiras de estudante, bem como, os com os cartões de visita. Um luxo.
Aproveite! Preencha o cupom agora mesmo e assegure o seu futuro com o Instituto Universal Brasileiro. Boa sorte!

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

ÁLBUNS, RETRATOS, RISOS E NOSTALGIA!

Esse tipo de álbum ainda esta presente na memória de muita gente. Ele fez história e guardou momentos inesquecíveis dos anos 50/60 e 70.
Existiam vários modelos no mercado e as páginas vinham nas cores azul, verde e salmão. A paisagem bucólica era uma constante nas capas desses álbuns. As cantoneiras para colar nas páginas e depois encaixar as extremidades das fotos eram o máximo. 
E o papel de seda sobrepondo as páginas pra menino de dedo sujo não manchar as fotos? A maioria das famílias possuía um álbum assim. E para quem é saudosista como eu, guarda-os até hoje.
As fotos eram distribuídas de forma cronológica em um ou em vários álbuns. Sempre obedecendo ao sequencial da vida de cada pessoa ou dos membros da família. Toda moça “bem nascida” possuía seu álbum de solteira, e depois de casada, seu álbum familiar. Assim ensinaram os colégios internos das Irmãs Dorothéias... Minha tia que o diga.
Colocar fotos dos rebentos nas mais diversas poses, situações e momentos “sui generis”, era o que havia de mais contemporâneo, moderno e atualizado pra época. E tirar foto do filho varão “nu” com a pitoca de fora... Nooossa! Nove entre dez famílias faziam (e fazem!) isso. Eu acho que era (e ainda é) uma forma de dizer pra sociedade machista: “Meu filho tem – aquilo - roxo...” (lembraram do Fernando Collor?!) Mas enfim, os meninos dificilmente escapavam de uma foto como essa. E como não podia deixar de ser diferente, eu e meu irmão também passamos por isso. Pois é... Só que hoje eu me recuso a mostrar o tal ensaio fotográfico. Até porque não fomos consultados na época. E posar pelado e de graça, nunca. Por isso resolvi mostrar apenas a foto da minha irmã pelada (com o seu devido consentimento, lógico!) . Ou melhor, seminua. As meninas eram fotografadas de calcinhas “bunda - rica”. Entre outros momentos, fotos do Carnaval e do São João, eram presença certa no álbum.
Fazer a primeira comunhão... Uma tradição secular de toda e qualquer Família Católica Apostólica Romana. Portanto, nada mais comum que fotos e mais fotos de todos os filhos em momentos de plena eucaristia. Amém!
Ahhhhh! As recordações escolares sempre mereceram "destaque" nos álbuns de antigamente. Os pais faziam questão de registrar cada momento da trajetória escolar dos filhos (o que não é diferente de hoje em dia...). Desfile de 07 de setembro em “pelotão especial”; apresentações em sala de aula; momentos festivos na escola; primeiro dia de aula ... Entre tantos outros. Agora! Não existe nada mais simbólico pra época do que aquelas fotos intituladas: Recordação Escolar. O aluno ficava “sentadinho” no birô do professor, e ao lado,  uma pilha de livros didáticos. Isso sem falar no Globo Terrestre disputando espaço no birô...  Por traz, como pano de fundo, a bandeira do Brasil exigindo ordem e progresso. Saudades de mim...
Muitos foram os momentos registrados e colados nas páginas desses álbuns... Fotos sentados/as no troninho; cercado pelas latas de leite ninho; no berço; nos cavalinhos dos studios fotográficos; quinze anos...
Dizem que o primeiro carro a gente nunca esquece, né? Então, meu irmão e eu nunca esquecemos os nossos. Fotos com os brinquedos e as  brincadeiras com os irmãos eram devidamente registradas nos álbuns. A maioria das fotos eram tiradas em preto e branco, uma vez que  fotos coloridas custavam caro na época. Mas com o advento e popularização das máquinas fotográficas, ficou bem mais fácil  registrar tudo ao vivo e à cores. 
Álbum típico para as crianças dos anos 50 e 60.
Álbuns para as meninas dos anos 70.
O tradicional “Álbum de Família” tornou-se um acessório indispensável dentro do lar. Era uma forma de agregar, num só lugar, o registro de um passado familiar, bem como, uma vida inteira de lembranças. Mas não era todo mundo que vivia assim, sabe... Tirando fotos e fotos. Era caro! Conheci famílias que só tiravam fotos em último caso. É verdade! Só tiravam fotografias por necessidade ou obrigação. Do tipo, fazer  matricula em colégio, abreugrafia, título de eleitor e alistamento militar... Quando muito, se tirava fotos nos batizados e primeira comunhão. E olhe lá, quem sabe, no casamento. Minha avó materna dizia que no tempo dela, o “retratista”, passava umas três vezes ao ano. Tempo suficiente para fazer roupa ”nova”, engordar e ficar mais “coradim”. Esse negócio de tirar retrato magro e com cara de doente? Valia não meu bem. Em festas juninas, natal e  ano novo a presença dos retratistas era tão certa  quanto uma Roda Gigante e um picolé de k-suco meu bem. E eles faziam de um tudo para que as famílias tirassem retratos e mais retratos. E depois pendurassem na parede da sala, quarto, corredor, escada  e em  tudo quanto era lugar. Daí pesquisando na NET encontrei fotos - interessantíssimas - que retratam a  necessidade de sedimentar no tempo os nossos entes queridos.
Então, com o passar dos anos se tornou comum chamar o fotógrafo e marcar o dia e hora para se tirar fotos em casa. Seu Joãzinho fotógrafo (pai de meu amigo sansão) e seu Erides bateram muitas fotos nossas. Principalmente em aniversários e desfiles de 07 de setembro. Mas quando as fotos careciam de um melhor acabamento, minha mãe chamava um fotografo da cidade de Patos/PA. E haja fotos em tudo que era canto da casa.... No caso das famílias cuja prole era imensa, o único jeito era juntar toda a meninada pra caber numa foto só. (vide foto a cima)
O bom do registro dessas fotos - ao longo dos anos - é que podemos perceber o quão já fomos antenados em relação aos ditames da moda e aos costumes da época. Mas Geeeeente... Fala a verdade! Tem determinadas fotos que a gente não mostra pra ninguém... Sinceramente! Eu tenho uma tão medonha, mas tão medonha... Que eu juro, vai ser enterrada comigo. Mas é verdade! Existem umas fotos que são o “Cão” de feias e nos matariam de vergonha se exibidas hoje em dia. Ei Dhotta! Se é tão feia assim porque você não rasga e joga fora... Hããã? Boa pergunta! Que faço caríssimos/as...
Espalhar retratos pelos quatro cantos da casa era um luxo só. Sinal de abastança caríssimos/as. Retratos de tudo quanto era tipo, tamanho e molduras invadiam as paredes. Muitas vezes retratos enoooormes que mais pareciam cartazes de cinema. E muitos deles, aqui pra nós, bizarros, né não?
A família ocidental retratada ao longo das décadas de 50, 60, 70 e 80 obedecem a um mesmo estilo fotográfico. Tudo muito certinho e padronizado. Exatamente como reza a cartilha de uma típica família de comercial de margarina . E ai de quem ousasse fazer um ensaio fotográfico baseado nas novas configurações familiares. Seria uma afronta! 
Pais e filhos posando para posteridade virou uma constante no cotidiano familiar da época.  Uma vez que tirar fotos dos filhos e em familia dentro dos studios tornou-se uma obrigação para muitos. Principalmente porque o modelo familiar vigente pedia isso. E haja foto meu bem...
Nunca gostei de tirar foto com cara de menininho - bonitinho - comportadinho da mamãe. Esse tipo de foto (que eu me lembre) só tirei na marra, forçado! Eu e meu irmão odiávamos tirar fotos dentro de studio. Já minha mãe adorava fotos assim, do tipo, bem produzidas e com todos os ângulos possíveis da fotogenia. Uma tortura para nós meninos... E naquela época os studios não possuíam ar condicionado. O calor era dos infernos! Sem falar no cheiro de mofo e na poeira entranhada nas cortinas e cadeiras! Era impossível fazer cara de menino - naturalmente - feliz.
Quando chegava a hora da foto era o maior “caqueado”. O fotografo ajeitava a gola da camisa, aprumava a cabeça (a minha? Vivia “troncha” meu bem! Pendendo pro lado esquerdo igual a frei Damião)... E antes de olhar para o passarinho, vinham as recomendações: Fecha a boca menino; olha pra frente; para com esse fungado; abre esse olho e vê se não pisca... Uma tortura que parecia durar horas. Por isso é que as vezes os guris saíam com cara de ódio nas fotos.
Caríssimos e caríssimas, observem esse pose... Então? Quem nunca tirou uma foto assim. Algo bem existencialista: Penso, logo existo! Ou seria? Existo, logo penso! Bom, intelectualidades a parte... Agora! uma coisa é certa, a mãozinha no queixo e o cotovelo sobre a mesa estampou muitos álbuns e porta-retratos da nossa época.
Parece-me que com as meninas tudo era bem mais fácil de conseguir... Bastava “empiriquitá-las” e elas se sentiam princesas. Pelo menos com as minhas irmãs era assim. Tudo era muito mais tranqüilo na hora das fotos. Percebam a alegria dessa garotinha... Um escancaro de tanta felicidade.
E se a foto fosse de corpo inteiro? Os meninos não podiam se remexer ou bulir um dedo sequer. Era para olhar pra frente, juntar as pernas e ficar “todo duro” feito estátua. Nem pensar em coçar a bunda nessa hora... Num sei porque, mas menino tinha dessas coisas, né ?! Quando era hora de rezar o pai-nosso de mãos dadas, tirar foto e apresentações na escola, dava vontade de coçar a bunda... Vai saber! Portanto, 1,2,3... S-e-n-t-i-d-o! E a roupa? Tinha que estar linda, na moda e impecável! Camisa saindo de dentro das calças? Nem pensar meu bem. A cara e a pose tinham que ser de artista... O máximo!
As meninas eram mais comportadas. Adoravam se olhar no espelho e tinham apenas que se preocupar com o cabelo e com vestido para não amassar. O resto era com o fotógrafo... E aí do fotógrafo se a filha não saísse linda na foto.
Lembro ainda que minha mãe e minhas tias costumavam trazer o próprio “pente” de casa. Nada de pentear os cabelos com os pentes do studio. Sabe como é... Piolhos meu bem, Piolhos! Um perigo. Se esquecessem de trazer o bendito pente, melhor seria ajeitar os cabelos com a palma da mão. Usar um pente que todo mundo usa, Jamais! Coisas de mãe e tias zelosas...
Eu adoraria ter tirado uma foto sem os meus dentes de leite... Porteirinha na boca, coisa e tal. Mas somente minha irmã mais nova tirou uma foto assim. Lembro que a foto foi batida no momento em que ela jogou os dois dentes no telhado... Saudades!
Mas o pior de tudo  nessas fotos (pelo menos para mim) era ter que fazer uma cara de "lindo" e ainda  rir sem a mínima vontade. Olha o passarinho...  Diga: Gizzzzzzzzzz. Sorriaaaaaa!!!! Sei... Não tinha como o riso sair natural.
Adorei o detalhe do pano de fundo combinando com a camisa do garotinho... E os olhos dele? Mas uma prova de que meninos não ficam quietos e nem a vontade quando o assunto é fotos em studio. Acho que faz parte do inconsciente coletivo de todo guri.
Era bastante comum a criança, do nada, ser acometida por um ataque de choro... Manha, dengo, capricho e/ou “falta de peia” (como dizia meu vô). E quando isso acontecia, não tinha remédio. Era cara feia e emburrada em todas as fotos... O negócio era voltar para casa e vir outro dia. E mais, as crianças também tinham ataques de “riso insano” que destruía a alegria e a paciência de qualquer fotografo. Exatamente na hora do flash começava o “rinchadeiro sem fim”. Certa vez, eu e minha irmã mais nova, estávamos dentro do studio e cismamos com a cara de um João teimoso que tinha por lá... Pronto, não deu outra. Foram gargalhadas homéricas e dobradas até dizer, basta. Mas nem mesmo a retirada do João teimoso do recinto, adiantou. O danado se fez eterno em nossas mentes e o riso continuou....
Essas sete carinhas performáticas enfeitaram muitos quartos e salas nas décadas de 50, 60 e 70. Tornou-se uma febre entre as mães hávidas por novidades fotográficas. Uma coisa é certa... Enceradeira, panela de pressão e essas sete carinhas, não podiam faltar dento de um lar tido como padrão para a época.
Nenhuma mãe " mega moderna" e tripulante ferrenha do século XXI  se interessa mais  por esse tipo de foto. Acham brega e ultrapassado... Uma pena! Pois essas fotos faziam toda a diferença e eram um charme!
Geeente! E os retratos três por quatro que vinham dentro de carteirinhas plásticas com doze, oito ou seis fotos em cada uma. Saibam os mais novos que - antigamente - tirar uma foto 3x4 para documentos e querer sair “lindo/a” nela, não era algo assim tão fácil como é hoje. A palavra "photoshop" e “deletar” sequer tinham sido inventadas... E não existia nada que garantisse uma foto perfeita. Era um risco que se corria sempre... Saiu feio na foto foi? A boca ficou troncha? Um olho tá maior que o outro é? E é? Sei... Então tire outra foto meu bem. Nessa época o cabra tinha que ser “lindo” pra sair “lindo” de primeira nas fotos.
Na época não tinha esse negócio de revelar as fotos em cinco minutos não! Se você tirasse pela manhã, elas só estariam prontas no final da tarde. E na hora de buscar os retratos na “Foto Beleza” (studio fotográfico bastante popular no centro do Recife) o ritual era sempre o mesmo. As fotos prontas ficavam debaixo de um vidro transparente de um balcão comprido. Daí você ficava na torcida para que as fotos prestassem... O pior é que nunca agradavam. Mas se você estivesse com pressa, querendo a foto pra ontem, o negócio era ir ao lambe - lambe do cais de Santa Rita. Lá eles tiravam a foto rapidinho... Mas você já tirava a chapa  sabendo: a metade da foto ficava escura e a outra metade não era você. Um horror!
Sim! E as dedicatórias na frente ou atrás dos retratos... Escrevia - se o nome, dia, mês e ano. Do tipo: Fulana de tal quando tinha tantos anos; cicrano no dia do seu enlace matrimonial e ou beltrana no dia do seu batizado. Eram oferecidos pros avós, tios, primos, padrinhos e aqueles quase da família. Como no exemplo citado à cima, onde a dançarina de jazz do Ambó, Kerlucyanna Cleyre, ofereceu à sua madrinha. (Lusa, tu conheceu “cleyrinha” do Ambó?)
Já vi muitas fotografias como essa... Lá no sitio de meu avô tinha umas três desse tipo penduradas na parede da sala. Na verdade eram fotos preto e branco que foram retocadas, ampliadas e coloridas não sei como... Esse estilo de fotografia era muito comum na zona rural e interior do nordeste. Sei lá... Tinha um que de mórbido nelas. Mas eu continuo gostando do estilo. Primeiro porque é retrô, e segundo, pelo regionalismo e candura presentes nas fotos. Fico pensando: Não seriam os primórdios do Phothoshop?
Sou “das antigas” mesmo! Adoro um álbum de família, um porta - retrato e um prego na parede com as foto de quem amo penduradas... Essas máquinas digitais são maravilhosas, é verdade. Mas onde está o “glamour” das fotos de antigamente? Hoje você tira centenas de fotos em instantes... E todas perfeitas. Até porque se não gostar, deleta-se tudo imediatamente. Mas e daí? De que adianta tanta foto perfeita se ninguém mais as vê. Fica tudo lá, para sempre, guardada dentro das máquinas ou perdida nas pastas e arquivos do computador. Fazer o que meu bem?

Dedico essa postagem ao meu amigo e fotografo “incontestável”, Paulo Patriota. Ele sabe como ninguém resgatar nuances e singularidades da alma humana através da fotografia. E o que é melhor, sabe transitar entre o novo e o antigo sem se perder ou intimidar-se. Um profissional absurdo, meu bem. Literalmente absurdo.