No ano de 1932 chega ao Brasil um dos sabonetes de maior sucesso no exterior: “LUX, o sabonete das estrelas”. O nome, no entanto, precisa ser mudado para LEVER, pois aqui a marca LUX já existia num outro produto e pertencia às Indústrias Matarazzo.
O nome “Lux”, embora signifique “luz” em latim, não foi escolhido por essa razão. Sua origem vem da palavra “luxury” (luxo), muito adequada para caracterizar o sabonete lançado em 1925, nos Estados Unidos. Nessa época, o acesso a produtos sofisticados de higiene e perfumaria era restrito a um pequeno círculo da elite.
LEVER( LUX) foi o primeiro sabonete luxuoso a chegar ao mercado brasileiro com a proposta de atingir um segmento mais amplo entre as mulheres. Enquanto a marca LUX não era liberada legalmente, o nome LEVER iria perdurar por cerca de trinta e um anos aqui no Brasil.
O sabonete LEVER (LUX) sempre esteve associado à beleza e ao carisma das personalidades femininas. LEVER (LUX) construiu uma trajetória de comunicação que converteu a marca num ícone da propaganda mundial.
Nunca tive contato com o sabonete LEVER (LUX) , até porque de 1932 a 1963 (ano de sua última aparição no mercado com o nome de LEVER) nem nascido eu era .Uma pena! Porque minhas tias contavam histórias “Glamourosas” desse sabonete. Era o sabonete preferido por nove entre dez estrelas de Cinema! Minha tia Cléria (a melhor catrevagista de todas as minhas tias) colecionava, recortava e colava num álbum, as fotos e os reclames de artistas de cinema que saiam na revista O Cruzeiro. Como diz o dito popular: “Tens bem a quem puxar!!!”
Presente no Brasil desde a década de 30, esse sabonete conquistou o mundo e manteve-se em sintonia com a evolução da mulher ao longo dos anos. Para tanto, contou com o encanto das divas do cinema, que o tornaram objeto do desejo de consumidoras do mundo inteiro. A marca lançou campanhas publicitárias que utilizavam a empatia de estrelas internacionais de maior sucesso no momento.
A clássica propaganda que afirmava " Nove entre Dez estrelas de Cinema usam LEVER ( LUX) " surgiu nos anos 30 e prosseguiu até a década de 80, quando foi reformulada. No rastro das grandes produções de Hollywood, a marca vinculou sua imagem a uma galeria de atrizes famosas, na qual figuraram mais de "400 estrelas".
Nunca faltou "glamour" nas publicidades dos sabonetes LEVER/LUX. Sempre havia o charme das celebridades que se destacavam no cenário cinematógrafico mundial.
A primeira estrela da Galeria Internacional LEVER (LUX) foi Claudette Colbert, depois vieram Kay Francis, Bette Davis, Jean Harlow, Ginger Rogers, Joan Crawford, Audrey Hepburn, Gloria Grahme, Gloria Swanson, Rosalind Russel, Marlene Dietrich, Olivia de Havilland, Vivian Leigh, Lana Turner, Dorothy Lamour, Judy Garland, Rita Hayworth, Sandra Dee, Elizabeth Taylor, Ava Gardner, Grace Kelly, Gina Lollobrigida, Kim Novak, Jane Russel, Marilyn Monroe, Mercedes Macambridge, Esther Williams; Ethel Merman, Susan Hayward, Lucille Ball, Elizabeth Taylor, Carmem Miranda (faleceu um dia antes do anuncio ser publicado); Amália Rodrigues, Grace Kelly, Julie Adams, Elke Sommer, Kim Novak, Brigitte Bardot, Diana Rigg, Joan Collins, Shirley Maclaine, Jane Fonda, Ursula Andress, Rachel. Welch, Sophia Loren, Romy Scnheider, Julie Cristie, Jane Saymour, Natalie Wood, Pier Angeli, Sylvia Koscina, Cheryl Ladd, Michelle Pfeiffer, Demi Moore, Penélope Cruz, Catherine Zeta-Jones, Sarah Jessica-Parker.... Ufa!!!! E o pior é que ainda falta.... Irei colocando ao longo do tempo!
Uma curiosidade, a primeira sul-americana a estrelar a campanha foi Carmen Miranda. Publicado em O Cruzeiro em 6 de agosto de 1955, o anúncio é o único em que Carmen mostra os cabelos, sem o turbante que fazia parte de sua fantasia de baiana. Curiosamente, a cantora não viu o anúncio, já que a revista circulou um dia após sua morte (ver postagem a cima).
5 comentários:
Que interessante,eu tb fazia coleção das propagandas do sabonete LUX....e qdo tive acesso às revistas antigas...comecei a colecionar os do sabonete LEVER.ADORAVA!
Agora pela net estou resgatando-as,pois não sobrou nada do meu álbum.
Eu tinha tambem uns encartes do sabonete LEVER,mais antigos em papel grosso.Tinha a foto de uma estrela (decada 30/40) e uma breve biografia.Foi uma paixão de adolescente,pois as conheci na década de 70 e elas ja estavam bem velhas,algumas já mortas,mas permanecem até hj,vivas na minha memória.Beijos/Solange
Parabéns ......por esta linda lembrança conservada aqui no teu blog...
Vc. me fez voltar quando eu tinha8ou 9 anos de idade, que ouvindo o radi em casa , cantava junto com as propagandas e o Gessy and Lever era uma delas....
Até aonde vai a nossa mente, e hoje lembrei da frase: Entre 10 estrelas do ci]nema 9 usam Lever , que irei colocar em um scrap de uma amiga na banheira....
Beijão e obrigado por existir ainda...
Que delícia!!! Só de ler já me sinto como um estrela!!!
NOOSSA! PARABÉMS pelo blog, uma viajem a minha doce infancia,minha mãe usava cashmere bouquet, que saudades....
Sou de 1957 e me lembro muito dos sabonetes da época. O Lever encantava pelas cores. A gente pegava as embalagens e usava colocar dentro dos livros e cadernos para perfumarem as folhas. Enfrentou forte disputa quando apareceu o Palmolive (Lever, Lux e Palmolive tinhas essas de cores diferentes como se elas fizessem diferenças de fato). Quem é da época,já em 64, 66 pois já tínhamos televisor (Emerson! desde 63) deve se lembrar do lançamento do Palmolive verde, o 'único com azeite de oliva'... A propaganda era um sabonete em close e alguém derramando azeite de oliva 'dentro dele'. E as pessoas acreditavam que era pra peles mais secas mesmo, por causa do 'azeite'. Tempos em que a propaganda fazia seu papel de enganar e não havia, como hoje em dia, os 'desmancha prazeres' rsrsr, da internet denunciando a composição que era a mesma para todos os sabonetes, filhos coloridos e perfumados dos SABÕES, que são as bases de todos eles, sejam de origem vegetal ou animal.
Da mesma época, anos 60 até 80 quando não os vi mais, era o sabonetinho CARNAVAL,menorzinho que os outros e também mais 'em conta'. Tinha um perfume delicioso que ficava nos banheiros. Também da época o 'luxuoso' Vale Quanto Pesa e seu formato diferenciado, e os gêmeos "Original" nas versões Cravo (cheiro da flor e favorito de minha mãe), Orquídea e Colônia, este último com um perfume que se eu pudesse mandar fazer um perfume 'costumizado', teria aquele mesmo cheiro. As versões que andam por aí não seguem os padrões originais, nem mesmo o Phebo, que conheci mais adiante já na adolescência, tem exatamente o perfume original, depois que a fábrica mudou de mãos. Sem falar que nem o desodorante da linha, nem o sabonete líquido, conseguem ter o mesmo 'aroma'. Isso acontece também com as linhas Alma de Flores e deve haver alguma explicação que só químicos devem saber. Nunca as colônias e outros derivados de linhas de sabonetes conseguem ser a mesma coisa dos sabonetes...
As fábricas fecham, mudam de mãos, por morte de seus donos ou fracasso dos herdeiros em tocas o negócio, é a vida... Mas é triste que mesmo nos sites das marcas que sobrevivem até hoje não exista um competente acervo de todas as embalagens que usaram, as peças publicitárias tanto impressas quanto em filmes. Uma pena. Se não for pelas mãos dos 'loucos' guardadores que colecionavam de tudo, até tampinhas de garrafas, e das manobras heroicas em salvar suas preciosidades das faxinas das mães, irmãs e descartes de mudanças, pouco ou nada poderia agora estar agora assim na net, esta invenção tão modernosa que nos permite viajar no tempo e resgatar tantas memórias.
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